O bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso aconteceu durante o julgamento do Supremo tribunal federal que analisava uma emenda à Constituição do Ceará que extinguiu o Tribunal de Contas dos Municípios.
Ao lembrar que liderou mutirões carcerários que soltaram milhares de presos quando foi presidente do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar afirmou que não era “advogado de bandidos internacionais”, referindo-se ao fato de Barroso ter tido, entre seus clientes, o terrorista italiano Cesare Battisti.
“Não transfira para mim esta parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, retrucou Barroso. “Vossa Excelência muda a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é Estado de Direito, isso é estado de compadrio. Juiz não pode ter correligionário”.
A sessão foi encerrada pouco depois pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF. Confira um trecho da discussão: