TEXTO PUBLICADO NO SITE DO GLOBO NESTA TERÇA-FEIRA
“Diagnóstico: agressão. Causa de ferimentos: agressão. Estupro”. Estas foram as conclusões do laudo médico feito por um hospital nova-iorquino no dia 14 de maio último, na camareira Nafissatou Diallo, suposta vítima do ex-diretor-gerente do FMI o francês Dominique Strauss-Kahn, revelou nesta terça-feira a revista francesa “L’Express”. Segundo o semanário, na última página do relatório, uma marcação de caneta em uma imagem escaneada da vagina de Nafissatou aponta o local da lesão.
A camareira da rede de hotéis Sofitel chegou ao hospital de St. Luke’s Roosevelt, em Manhattan, por volta das 16h do dia 14 de maio. O relatório relembra o estado de Nafissatou no momento do exame como “alerta” e afirma que ela usou ” modo narrativo, com interrupções e marcas para pausas para descrever o ato de violação”. O documento ainda frisa que a camareira manteve durante toda a entrevista o mesmo relato: “ele (Strauss-Kahn) me empurrou e me forçou a fazer sexo oral”.
DSK, como é conhecido na França, sempre alegou inocência, apesar das sete acusações que enfrenta, entre elas tentativa de estupro e agressão sexual. No início do mês de julho, o francês, que até então se via diante de uma situação de condenação quase que sem volta, foi libertado da prisão domiciliar, depois que a investigação da Promotoria de Nova York descobriu ligações entre Nafissatou e um traficante de drogas.
A revelação do laudo, porém, pode voltar a complicar sua defesa, já que o exame confirma o depoimento da acusação. O exame ainda indicou o rompimento de uma ligação no ombro da camareira, como seu próprio, Kenneth Thompson, informara à imprensa no mês de julho.