Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Especial VEJA: Ranieri Mazzilli, o presidente de plantão

Publicado na edição impressa de VEJA “Vamos para o palácio, pois o senhor vai ter de assumir a Presidência.” Não é qualquer político que ouve uma frase dessas, mas Paschoal Ranieri Mazzilli, filho de imigrantes italianos que havia ascendido a presidente da Câmara, não era calouro no assunto: já preenchera lacunas interinas quatro vezes, a […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 03h59 - Publicado em 26 abr 2014, 08h02

Publicado na edição impressa de VEJA

pasqual-ranieri-mazzilli-19642

“Vamos para o palácio, pois o senhor vai ter de assumir a Presidência.” Não é qualquer político que ouve uma frase dessas, mas Paschoal Ranieri Mazzilli, filho de imigrantes italianos que havia ascendido a presidente da Câmara, não era calouro no assunto: já preenchera lacunas interinas quatro vezes, a mais importante delas depois da renúncia de Jânio Quadros. Nem por um minuto teve a ilusão de que naquela madrugada de 2 de abril de 1964 seria diferente. Sabia que era uma espécie de presidente de plantão para emergências, à altura da brincadeira picante que o comparava a um absorvente feminino: o homem que sempre estava no melhor lugar, nos piores dias, para evitar derramamento de sangue.

Continua após a publicidade

Seguindo o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, que havia ajudado o impulso golpista ao declarar a vacância da Presidência, e um grupo de deputados paulistas, todos armados, Mazzilli chegou a um Palácio do Planalto às escuras onde se desenrolou uma cena de cinema. No 4º andar, Darcy Ribeiro e Waldir Pires imaginavam resistir em nome do governo deposto. No 3º, iluminado por palitos de fósforo até que se encontrasse um contínuo para acender a luz, Mazzilli tomava posse às 3h45 da madrugada. Entre os presentes, deputados que se tornariam vultos da futura oposição, como Ulysses Guimarães e Nelson Carneiro.

Mazzilli era presidente da República pela quinta vez, seu juramento de lealdade à Constituição não valia nada e mandava menos do que nunca. Ocupou o cargo por treze dias, enquanto o poder armado articulava a eleição do general Castello Branco no Congresso. Ribeiro e Pires deixaram o palácio. Mazzilli pediu garantias ao general Costa e Silva. Não houve derramamento de sangue.

Colaboradores: André Petry, Augusto Nunes, Carlos Graieb, Diogo Schelp, Duda Teixeira, Eurípedes Alcântara, Fábio Altman, Giuliano Guandalini, Jerônimo Teixeira, Juliana Linhares, Leslie Lestão, Otávio Cabral, Pedro Dias, Rinaldo Gama, Thaís Oyama e Vilma Gryzinski.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.