Augusto Nunes
Por Coluna
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Marcelo Branco, um problema cabeludo que Dilma escolheu
Gaúcho de Porto Alegre, 49 anos, longos cabelos encaracolados, Marcelo Branco tem o hábito de conversar por telefone enquanto dirige o carro. A esse sintoma de inquietação somaram-se muitos outros desde que assumiu o comando da campanha de Dilma Rousseff na internet. Convidado pela própria candidata em meados de 2009, demorou até janeiro para aceitar […]
Gaúcho de Porto Alegre, 49 anos, longos cabelos encaracolados, Marcelo Branco tem o hábito de conversar por telefone enquanto dirige o carro. A esse sintoma de inquietação somaram-se muitos outros desde que assumiu o comando da campanha de Dilma Rousseff na internet. Convidado pela própria candidata em meados de 2009, demorou até janeiro para aceitar a proposta e assinou contrato no começo de abril.
Há 29 anos, Branco trabalha com tecnologia da informação. No currículo, a palavra membro se repete várias vezes. É membro do projeto Software Livre Brasil, que promove o uso de programas de computador sem restrições; do Conselho Científico do Mestrado Internacional em Software Livre da Universidade Aberta da Catalunha, na Espanha; do Conselho Assessor do Curso em Software Livre da Universidade de Cádiz, também espanhola; é, sobretudo, membro do PT desde a fundação em 1980. Trabalhou durante 18 anos na Embratel, foi o diretor das últimas edições da Campus Party e vice-presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul. Também é professor honorário de um Instituto Superior Tecnológico no Peru.
Na campanha de Dilma, o criador do site https://www.dilmanaweb.com.br conseguiu, em menos de um mês, uma advertência interna do PT, críticas generalizadas de aliados do partido e a candidatura a Homem sem Visão de Maio. A sequência de lambanças foi inaugurada no twitter, quando Marcelo Branco anunciou que o filme do aniversário de 45 anos da TV Globo camuflava uma mensagem subliminar em favor de José Serra ─ 45 é o número do PSDB. E ganhou velocidade com a estreia da seção “Fala, Dilma”. Concebida para divulgar vídeos que mostrassem o “lado humano” da candidata, acabou transformada numa coleção de gafes e trapalhadas.
Nesta segunda-feira, o repórter Bruno Abbud telefonou duas vezes para o internauta-chefe de Dilma. Em ambas, fez várias perguntas. A resposta foi a mesma para todas: “Nâo vou responder”. O jeito é procurar saber quem é Marcelo Branco vendo e ouvindo o próprio Marcelo Branco. Confira o vídeo abaixo e tente entender. Boa sorte.
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