Mentiras repetidas à exaustão viram verdades, ensinou Joseph Goebbels enquanto comandou a máquina de propaganda nazista. Menos para quem se mantém integralmente lúcido, ensinaram os alemães que nunca engoliram as fantasias, imposturas e farsas incessantemente reiteradas pelos arquitetos do III Reich. Quantos continuaram achando Adolf Hitler um assassino patológico? Não importa. Ainda que tivesse sido um só, a História registraria que estava certo. Todos os outros erraram.
“Dilma tem muita capacidade gerencial”, andam recitando ministros de Estado, deputados, senadores, jornalistas, empresários, até governadores da oposição. “Ela guarda todas as informações na cabeça”, acrescentou Geraldo Alckmin à saída de uma audiência. Conversa fiada, sabem milhões de brasileiros sensatos. A Dilma do Planalto é a Dilma de sempre. É a mesma que aparece nos dois vídeos abaixo. Dois clássicos do falatório sem pé nem cabeça.
No primeiro, discorre sobre saneamento básico. No segundo, fala de futebol. Em ambos, o neurônio solitário zanza sem rumo por um deserto de ideias. É o que segue fazendo nas conversas com deslumbrados vocacionais. São tantos que às vezes os que têm razão desconfiam que talvez estejam errados. Nesse caso, basta conferir as provas gravadas. Se isso aí é capacidade gerencial, então os napoleões-de-hospício devem assumir imediatamente o governo da França.
No futuro, como ocorreu com a Itália de Mussolini, como ocorrerá com a Venezuela de Hugo Chávez, os historiadores contemplarão com estranheza o Brasil da Era da Mediocridade. O que houve com o país que tratou como enviado da Divina Providência um demagogo vulgar? Como foi possível enxergar uma superxecutiva numa mulher comum, assustadoramente despreparada?
Os fiadores do embuste que se expliquem. Neste espaço, vídeos, posts, comentários e, sobretudo, os textos antológicos do jornalista Celso Arnaldo Araújo comprovam que estivemos certos todo o tempo. Nós temos juízo. Malucos são eles.