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Reynaldo-BH: O terrorismo islâmico em Paris ressuscita no Brasil a tribo dos caçadores de 15 minutos de fama

REYNALDO ROCHA Já esperava a aparição dos intelectualóides que sempre buscam alguma visibilidade para desfrutar de seus 15 minutos de fama. Desde o ataque de terroristas islâmicos ao Charlie Hebdo, me perguntava quanto tempo demoraria para que a tribo ressuscitasse, agora tentando responsabilizar pela própria morte as vítimas da barbárie em Paris. Demorou menos de […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h18 - Publicado em 17 jan 2015, 17h15

REYNALDO ROCHA

Já esperava a aparição dos intelectualóides que sempre buscam alguma visibilidade para desfrutar de seus 15 minutos de fama. Desde o ataque de terroristas islâmicos ao Charlie Hebdo, me perguntava quanto tempo demoraria para que a tribo ressuscitasse, agora tentando responsabilizar pela própria morte as vítimas da barbárie em Paris. Demorou menos de uma semana.

Os falsários de sempre reapareceram em companhia da de uma trupe de oportunistas que enxergam na divergência (que proíbem a outros, em outros temas), a oportunidade de se mostrarem  “politicamente corretos”. Mesmo que a “política” que defendem seja o exemplo maior de intolerância e barbárie.

A culpa é do Ocidente. O Islã (ou parte dele) age de braços dados com terroristas como uma defesa.
De quê? A isto não respondem. À cultura ocidental? Aos valores que o Ocidente preza e são  exemplos de civilização? Maomé é mesmo o profeta único?

A questão é outra. Terroristas influenciados por clérigos em mesquitas pretendem que o mundo os veja como mártires perseguidos pela fé que professam.

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A Igreja Católica fez um mea culpa pela Inquisição, pela inação em diversos momentos históricos. E sempre teve em sua hierarquia quem lutasse pelo avanço da interpretação dos textos bíblicos. Igrejas evangélicas sérias foram até mais fundo nessa adequação da exegese da Bíblia.

A maioria do judaísmo rejeita a interpretação fundamentalista, hoje restrita a um pequeno grupo que  usa o Torá como instrumento de dominação e ódio.

As perguntas são outras. Qual corrente do islamismo prega uma nova exegese do Corão? Como evitar que mesquitas se tornem instrumentos de cooptação e formação de terroristas? Qual teólogo islâmico se destaca na comunidade filosófica? Quais correntes protegem de alguma forma que os terroristas que se enxergam como mártires ou injustiçados?

Até onde vai a liberdade de um judeu ou de um cristão para professar sua fé em teocracias radicais do mundo islâmico?

Existe no cristianismo, no judaísmo ou no budismo algo parecido com o antagonismo sanguinário entre xiitas e sunitas, que reivindicam a exclusividade da palavra do profeta?

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Eles exportam uma cultura da exclusão, de desprezo às divergências, e para isso utilizam qualquer meio (meninas-bomba, terroristas que celebram assassinatos, atentados com aviões e tantos outros) para “punir os infieis”e impedir “a ocidentalização do mundo”.

Há sim uma cultura – ainda presente – que se por vezes incentiva o terror (citem um único atentado que não tenha um clérigo muçulmano como mentor intelectual)  em outras se vitimiza depois da consumação do ato selvagem, desumano.

Não se trata de perseguir muçulmanos. É hora de enxergar o que eles fazem. Eles perseguem obsessivamente a extinção do que a civilização ocidental, da mesma forma que a islâmica , levou milhares de anos para construir. Eles sonham, enfim, com um mundo habitado por devotos de uma única religião. A deles.

A “burritzia” à caça de minutos de fama deveria recolher-se ao silêncio. Já que eles não se respeitam, poderiam dar-nos o prazer da mudez em respeito à imensidão de vítimas dessa guerra sem vencedores.
E em respeito a fé, seja qual for. Porque a fé sempre será instrumento de paz, nunca manual de guerrilha ou guia de ditadura.

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