Namorados: Assine Digital Completo por 5,99
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Valentina de Botas: Súcia e simpatizantes, tirem a mão desse impeachment, que não pertence a Cunha, Temer ou à oposição: ele é de milhões de indignados

A esperança precisa ser protegida da tirana que arrasta correntes

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h46 - Publicado em 10 Maio 2016, 12h07

Na biografia que Lira Neto escreveu de Getulio Vargas, é impactante ver como o ditador acalentou a própria morte por 20 anos. Ao contrário do que sustentam seus adoradores, o ato irreversível não foi consumado por alguém torturado pelas pressões dos adversários. A tortura de Vargas era a perda do poder – a desonra inadmissível – e o suicídio foi determinado pela alma tirânica de quem não suportava viver sem mandar.

Dilma Rousseff se diz vítima de um golpe que não ousa denunciar em nenhum órgão internacional sério; vê-se alvo de “manhas e artimanhas” enquanto usa, para a defesa impossível, o advogado-geral da União que ataca a União; sente-se atingida pela conspiração de Michel Temer como se as prerrogativas institucionais do vice se submetessem às conveniências dela; choraminga a vingança de Eduardo Cunha como se ele votasse por 513 deputados – enfim, Dilma é torturada pela expectativa de perder o poder, inadmissível para a mulherzinha autoritária.

Há alguns dias, circularam notícias de que a presidente, negando a realidade enquanto rumina tais confusões, planejava um ato grandiloquente. E, como não se trata de uma figura com a lucidez trágica de Vargas, mas apenas de uma fraude tosca, grandiloquência obriga ao ridículo, patético ou apenas idiota: Dilma Rousseff se acorrentaria à cadeira de presidente. Ora, a súcia acorrentou-se ao poder há 13 anos e, eleita, a czarina da roubalheira tornou-se elo das cadeias que atariam o PT ao poder por décadas. Quando milhões de indignados arrebentam o projeto odioso, a quem repele a democracia e estranha a dignidade, nada resta senão arrastar correntes entre balbucios delirantes de vigarice.

Enquanto não se parte a corrente de vez, no prolongamento dramático da agonia do país que tenta socorrer a meninazinha de olhos verdes que Quintana chamou de esperança, o PT e comparsas seguem fazendo política como a entendem: forçando o Brasil a perder mais tempo, dinheiro, credibilidade dos investidores e algum remanescente respeito internacional para que a súcia ganhe umas horas a mais acorrentada e, assim, o aberrante Waldir Maranhão despontou para o vexame planetário e a cassação tardia.

Com uma rápida consulta às normas da Câmara, descobre-se que o anúncio da anulação do impeachment, na dublagem do grotesco presidente interino, seria o maior disparate em 190 anos de história daquela Casa. Mas e daí? Se a súcia reconhecesse leis, competência, decoro ou honestidade, não teria trazido o país à desolação.

Continua após a publicidade

Pleno de equívocos técnicos e morais, o ato bisonho escancara o gozo perverso desses cafajestes xexelentos asfixiando o país para não romperem as correntes com o poder e é a cena sem cortes, o nu frontal, do que tramaram Ricardo Lewandovski e Marco Aurélio, no STF, se Teori Zavascki não tivesse se antecipado para suspender o mandato de Eduardo Cunha e afastá-lo da presidência da Câmara. A exótica dupla togada se preparava para acatar recurso que ensejaria o pedido de cancelamento das sessões para a admissibilidade do impeachment.

Olhem aqui, súcia e simpatizantes, tirem a mão desse impeachment, ele não pertence a Cunha, Temer ou à oposição: ele é meu; é seu; é de milhões de indignados. Essas e outras ciladas avisam que a meninazinha de olhos verdes – não esqueçamos, adverte o poeta, o nome dela é esperança – continuará ameaçada e é preciso que os indignados se reúnam em torno dela na calçada para protegê-la da tirana que arrasta correntes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
ESPECIAL NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.