Reduto do PT desde 2006, quando Jaques Wagner conquistou o governo, a Bahia registrou vitória de Jair Bolsonaro (PSL) em apenas quatro dos 417 municípios do estado. O estado é o quarto maior colégio eleitoral do país atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em Salvador, onde o capitão reformado tinha o apoio do presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, o presidente eleito não venceu em nenhuma das 19 zonas eleitorais.
O resultado de Bolsonaro é pior do que Aécio Neves (PSDB) em 2014. Naquela eleição, o tucano conquistou 29,84% dos votos válidos contra 70,16% de Dilma Rousseff. Já o presidente eleito neste domingo teve 27,31% contra 72,69%.
Nos municípios baianos onde venceu, Bolsonaro teve uma diferença pequena em relação ao adversário. Foram eles: Teixeira de Freitas (51% a 49%), Itapetinga (53% a 46%), Luís Eduardo Magalhães (58% a 41%) e Buerarema (55% a 44%). No primeiro turno, o presidente eleito tinha conquistado, além dessas quatro cidades, Itabuna e Eunápolis.
Nas redes sociais, o governador reeleito Rui Costa (PT) não parabenizou o adversário, mas disse que “é muito importante respeitar o resultado das urnas, que representa a vontade da maioria dos brasileiros”. “A Bahia deu 73% dos votos a Fernando Haddad, a quem parabenizo pela luta até o último dia de campanha, que foi baseada na verdade e no respeito a todos os brasileiros”, afirmou.
Já ACM Neto pediu que Bolsonaro tenha um “olhar todo especial” ao estado. “Caberá a ele olhar para o Nordeste e para a Bahia, é o que vou defender. Se ele tiver essa posição, terá todo o meu apoio. Caso se posicione de outra maneira, eu não estarei ao lado”, ressaltou.