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Bolsas de luxo desafiam o tempo e são sinônimos de status e estilo

Exclusividade, história e preço elevado transformam modelos como Birkin, Kelly e Chanel em verdadeiros investimentos de moda

Por Cinthia Rodrigues, de Roma
30 ago 2025, 08h00

Exclusivas, sofisticadas e carregadas de história, as bolsas de grife tornaram-se objeto de culto global, capazes de atravessar gerações e render cifras milionárias

Em uma disputa frenética que durou dez minutos, por telefone, a primeira bolsa Birkin, de 1984, foi arrematada por 10 milhões de dólares pelo empresário japonês Shinsuke Sakimoto, presidente da Valuence Holdings, especializada na revenda de artigos de luxo. A peça de desejo foi criada durante um voo de Paris a Londres, quando Jean-Louis Dumas (1938-2010), presidente da Hermès à época, viu a atriz e cantora inglesa Jane Birkin (1946- 2023) deixar cair sua cesta de palha recheada de pertences. Ele desenhou, ali mesmo, um acessório mais elegante para a musa. Nascia uma das bolsas mais cobiçadas do mundo.

Hoje, para comprar um exemplar na loja, não basta ter muito dinheiro: é preciso ser aprovado pela marca para conseguir desfilar com o modelo, o que pode demorar meses ou anos. Uma opção é comprar um item vintage. A combinação de história, preço e exclusividade sempre seduziu as mulheres, mas os estilistas Marc Jacobs e Alexandre Herchcovitch e os rappers Kanye West e A$AP Rocky quebraram os códigos quando passaram a usar a peça, inclusive abrindo espaço entre homens para bolsas a tiracolo e sacolas chiques.

O ator Jacob Elordi: coleção de bolsas de grifes consagradas
O ator Jacob Elordi: coleção de bolsas de grifes consagradas (Bottega Veneta/Divulgação)

O ator Jacob Elordi, da série Euforia, foi um dos primeiros a circular com a versão acolchoada da Cassette, da Bottega Veneta. E ele porta várias marcas: Burberry, Dior e Saint Laurent. A tendência se estabeleceu nas passarelas, das criações do estilista Pharrell para Louis Vuitton masculina a redes de fast fashion como Zara, e conquistou o cantor Harry Styles, os atores Timothée Chalamet e Pedro Pascal, o influencer Kadu Dantas e o fotógrafo Victor Collor. Kevin David, diretor de criação da consultoria Kele e DJ, usa bolsas há mais de uma década e tem mais de trinta cobiçados exemplares de Prada, Ferragamo, Telfar e Luar. “Preciso carregar dois computadores, carteira, fones. No trabalho, ela é maior. Na minha vida social, prefiro as menores. Não é apenas o reflexo do meu estilo, é algo muito prático, sou dependente”, afirma David, que se inspira no ator americano Colman Domingo, indicado ao Oscar pelo filme Rustin.

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Também apaixonada por bolsas, a empresária Anna Carolina Bassi conta a história por trás de cada aquisição em suas redes sociais. Uma de suas preferidas é a Kelly 25, da Hermès (ela tem quatro), na cor rosa sakura com suas iniciais gravadas. “Tive que esperar um ano para conseguir, mas eles fizeram exatamente do jeito que eu pedi, é única”, diz Anna Carolina. A peça muito feminina ficou famosa quando a atriz e princesa Grace Kelly (1929-1982) escondeu uma gravidez dos paparazzi colocando-a na frente de sua barriga. Na mesma linha de mulheres que batizaram o cobiçado acessório estão a Jackie, da Gucci (por causa de Jacqueline Onassis), e a Chanel 2.55, um clássico criado pela dama da moda francesa com alças de correntes, que libertou as mulheres em 1955: pela primeira vez, elas tiveram as mãos livres. Hoje é vendida por cerca de 65 000 reais no site da marca.

Para Satomi Nanba, diretora-executiva de varejo da rede de shoppings Iguatemi, a peça ganhou status de herança, passando de geração para geração. “Estou criando um patrimônio que deixarei para a minha filha”, diz ela, cujo sonho é ter uma Constance, da Hermès. Comprar uma bolsa desejada pode ser a garantia de um excelente investimento.

Publicado em VEJA, agosto de 2025, edição VEJA Negócios nº 17

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