Despedida
A coluna acaba; é hora de relembrar os melhores artigos e polêmicas dos últimos dois anos
Caros leitores, este é meu último artigo neste espaço. Depois de dois anos, O Caçador de Mitos chega ao fim. A coluna deve migrar para outro portal (acompanhe minha página no Facebook para ter notícias).
Em dezembro de 2014, quando comecei por aqui, prometi discutir ideias e não pessoas, e fazer isso de modo elegante, sem a estridência que vem contaminando a internet. Cumpri a promessa? Por favor, diga que sim.
Outra promessa foi caçar mitos e tolices do noticiário. Essa tenho certeza que cumpri. Afirmei que muito do que se fala sobre “trabalho análogo à escravidão” é sensacionalismo de esquerda dos fiscais do Ministério do Trabalho. E que o aparelhado Instituto Nacional do Câncer divulga mitos e equívocos naturebas sobre o câncer.
O post mais relevante desses dois anos foi sobre o mito de que adolescentes cometem só 1% dos homicídios no Brasil. Todos repetiam uma estatística que simplesmente não existe.
De vez em quando não consegui escapar de fazer graça com a política brasileira. Me diverti demais escrevendo sobre o eterno petista, as perguntas frequentes (FAQ) dos novos ministros e sobre a economia do Masoquistão, o país dos masoquistas.
Alguns artigos continuam atuais, como este sobre a direita que é de esquerda, e vice-versa. O tema também aparece nas semelhanças entre as propostas econômicas de Trump e Dilma.
Alguns pitacos sobre economia foram compartilhados por economistas e professores da área. Principalmente este, sobre por que os trabalhadores fogem dos países com leis trabalhistas que mais os protegem. E outro sobre por que falta água no mundo mas sobra petróleo.
Alguns textos irritaram gente de todos os guetos da política. Seguidores do deputado Jair Bolsonaro não ficaram muito contentes quando defendi a livre imigração. Feministas me apedrejaram como a mulher adúltera salva por Jesus quando eu disse que a menor média de salários femininos é fruto de escolhas das mulheres, e não tanto do preconceito dos empregadores. E os fãs de Santos-Dumont espernearam ao saber que o ilustre brasileiro, na minha opinião, nem de longe inventou o avião. Não tem jeito: jornalismo que agrada a todos não é jornalismo.
Agradeço aos colegas e amigos de VEJA por terem me hospedado nessa revista, nessa instituição tão importante para o Brasil. Saio sem ter nada a reclamar e desejando boa sorte para VEJA.
Tchau!
@lnarloch