Dirigentes do PT, PSB, PCdoB e PV estiveram juntos ontem para mais uma tentativa de amarrar o acordo para formar uma federação nas eleições deste ano. Saíram de lá reconhecendo obstáculos, mas prometendo uma nova rodada de conversas na semana que vem. Mas quem acompanhou de perto as discussões diz que o clima foi muito pior do que ficou parecendo. E que o encontro azedou e muito a relação entre PT e PSB.
Do lado do PT, não foi pequena a irritação com a subida de tom do ex-governador Márcio França, prometendo não arredar o pé da corrida ao Palácio dos Bandeirantes em favor de Fernando Haddad. França foi inclusive para as redes sociais, disse que foguete não tem ré e resgatou as imagens de sua posse no Governo de São Paulo, em que discursa sobre “lealdade” ao lado de Geraldo Alckmin.
Já a turma de França acordou hoje com a notícia, relatada pela jornalista Andréia Sadi, da Globonews, de que o PT trabalha com a ideia de fazer um roadshow de Alckmin com Haddad pelo interior de São Paulo, onde se encontra boa parte da base de apoio ao ex-tucano.
Segundo um líder do PSB, o presidente do partido, Carlos Siqueira, saiu da reunião de ontem ainda menos confiante na possibilidade de um acordo. Até a lista de pontos que ele considera negativos quando avalia uma federação teria aumentado de tamanho. Para essa fonte, muito do clima tenso tem a ver com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de estender até maio o prazo para a formação das federações. Foi isso o que deu sobrevida a todos os interessados em atrapalhar uma composição.
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