Apontada frequentemente como uma opção de vice entre partidos que trabalham por terceira via na corrida presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) descarta qualquer possibilidade de ser número dois numa chapa que será formada por MDB, PSDB e União Brasil. Convidada desta semana do Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA, a senadora avisa que não se prestará ao papel de representar as mulheres como coadjuvantes na disputa.
Pré-candidata do MDB e uma entre três presidenciáveis do grupo — ao lado do ex-governador João Doria e do presidente do União Brasil, Luciano Bivar —, Tebet garantiu que aceitará a decisão dos presidentes dos três partidos. E subirá no palanque do escolhido, na esperança de romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro.
“Eu não serei candidata ou pré-candidata à vice-presidência da República. Se precisarem de uma mulher apenas para dizer que tem alguém que usa batom e saia? Nós estamos no século 21”, afirmou a senadora.
Tebet voltou a elencar os diferenciais que, segundo ela, a tornam a melhor opção para encabeçar a chapa de centro. A emedebista citou a baixa rejeição e o índice alto de desconhecimento como fatores capazes de impulsionar seu crescimento junto ao eleitorado. Além disso, ela apontou que o fato de ser mulher contribui para evitar que setores do seu partido trabalhem contra uma candidatura própria para abocanhar uma fatia maior do fundo eleitoral. Por ser mulher, Tebet absorveria na campanha presidencial parte da cota do fundo eleitoral que deve ser reservada às mulheres.
Tebet criticou Lula e Bolsonaro. E afirmou que, pessoalmente, não vê condições de apoiar nenhum dos dois num eventual segundo turno. A senadora atacou o avanço da corrupção no governo atual e no governo petista, que, segundo ela, são faces da mesma moeda.
“A boiada do autoritarismo está passando. É hora daqueles que tocam o berrante, que são os boiadeiros, tocarem a plenos pulmões. Eu não vou colocar pijama enquanto estiver vendo tantos retrocessos”, afirmou. A senadora lembrou que tanto Lula quanto Bolsonaro exibem denúncias de corrupção no currículo. Do Mensalão e do Petrolão ao Orçamento secreto. “O Orçamento Secreto é uma versão piorada do mensalão. Ou seja, é a versão 2.2 do mensalão. Uma é a cara, a outra é a coroa.”
Com apresentação desta colunista, o Amarelas On Air inspirou-se nas tradicionais Páginas Amarelas, que estampam a edição impressa de VEJA. A cada semana, o programa recebe um novo convidado, sempre um nome relevante da cena política e econômica. A entrevista é feita por uma bancada composta de jornalistas de VEJA e convidados. Nesta edição, participaram também os jornalistas Robson Bonin, editor da coluna Radar, e Carolina Ercolin, âncora da Rádio Eldorado.
O Amarelas On Air é parte da estratégia digital de VEJA, que contempla a expansão da área de vídeo e de projetos multimídia. O programa estreou em setembro do ano passado e, desde então, recebeu grandes nomes da cena política e econômica do país. A entrevista foi transmitida simultaneamente no YouTube, Facebook e Twitter. Também ganhará versões para Instagram e LinkedIn.
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