Os tucanos defensores de candidatura própria a presidente e que advogam o lançamento do nome de Tasso Jereissati podem tirar os respectivos cavalos da chuva. Desde já, a uma semana da reunião do próximo dia 2/6 para o PSDB decidir se adere ou não à aliança em torno de Simone Tebet (MDB), o senador tem dito a seus correligionários que não considera a candidatura própria o melhor caminho nessa altura dos acontecimentos.
Nas conversas internas no PSDB apresenta três motivos. Primeiro, lançar seu nome seria ir contra a ampla maioria do partido que prefere a aliança. Em segundo lugar, o gesto só aumentaria a confusão num cenário já bastante confuso e estenderia uma agonia que não levaria a lugar algum. E, por último, criar outra candidatura agora seria ir contra a lógica de unificação defendida o tempo todo pela chamada terceira via.
Não há, na avaliação dele, tempo nem condições objetivas para tal projeto chegar a bom termo. Ao contrário, aumentaria o descrédito – já acentuado – em torno desse campo político. Tasso Jereissati tem ouvido que sem candidatura o partido tende a desaparecer, mas não concorda com a tese, pois mesmo com candidato em 2018 o PSDB teve um péssimo desempenho e se arriscaria agora a algo semelhante ou pior.