Nas noites da Finlândia, os bebês dormem dentro de casa. Mas, durante o dia, quando eles pegam na soneca, seus pais os colocam do lado de fora, para pegar um ar fresco.
O que parece cruel é que eles fazem isso em qualquer época do ano, em temperaturas que podem chegar a 10 graus negativos.
Nas calçadas dos cafés, é comum ver os carrinhos fazendo fila enquanto os adultos se aquecem com café e chocolate quente do lado de dentro.
Em geral, os finlandeses acreditam que o ar puro é bom para os pequenos. Como não ficam fechados em quartos e salas com outras crianças, eles pegam menos gripes e resfriados. Os estudos científicos mostraram conclusões diversas sobre esse possível benefício para a saúde das crianças.
Mas é certo que, desde que os bebês estejam com roupas adequadas e em um saco de dormir reforçado, respirar o ar frio do exterior também não faz mal.
Outro costume interessante dos finlandeses é que todas as mães ganham uma caixa cheia de presentes quando um bebê nasce. A tradição foi iniciada em 1937 e era restrita às grávidas que compareciam aos centros de saúde e hospitais para fazer os exames de pré-natal. O incentivo ajudou a diminuir os índices de mortalidade infantil de 65 mortes em 1000 crianças para 2,5 mortes para 1000.
O objetivo, segundo as autoridades, é o de “oferecer um início de vida igualitário”. Eis uma filosofia muito comum nos países nórdicos.
Dentro da caixa, o governo coloca fraldas, termômetro, kit de banho, roupas, meias, lençol e gorro. Para as mães, vai creme para os mamilos e discos absorventes para sutiãs.
E o mais legal de tudo: a caixa pode ser usada como um pequeno berço até a criança atingir os seis meses de idade.