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A reação de Lula a ‘O Agente Secreto’: ‘Cinema brasileiro é resistência’

Filme de Kleber Mendonça Filho é thriller político em meio à Ditadura Militar e recebeu dois troféus no Festival de Cannes 2025

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 ago 2025, 09h31 - Publicado em 8 ago 2025, 09h13

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu elenco e equipe do filme O Agente Secreto no Palácio da Alvorada na noite de quinta-feira, 7 de agosto, para uma exibição especial do filme organizada pela primeira-dama, Janja. Duplamente premiado em Cannes pela direção de Kleber Mendonça Filho e pela atuação de Wagner Moura, o longa chega aos cinemas em 6 de novembro e é, para o político, “a prova de que o cinema brasileiro tem força, beleza e voz própria”. O líder do país aproveitou a ocasião para frisar que o êxito e a qualidade do filme são um “orgulho” para a nação e cravou: “O cinema brasileiro é resistência, é identidade e é o retrato vivo do nosso povo”.

O Agente Secreto é um thriller político que se passa em 1977, em plena Ditadura Militar. Dentro do contexto de instabilidade política e liberdade de expressão cerceada, o professor universitário Marcelo (Moura) retorna ao Recife para fugir de problemas que teve em São Paulo. Sob constante vigilância, ele tenta fazer o possível para garantir a segurança de si e do filho e, no caminho, acaba emaranhado em uma trama de espionagem impulsionada pelas inovações tecnológicas da época. Com toques de ação e aventura, o filme é mais uma expressão da marca de Kleber Mendonça, que já equilibrou estruturas do cinema de gênero e olhar social dilacerante em filmes como Bacurau (2019) e Vinil Verde (2004).

Lançado menos de um ano após a vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar, O Agente Secreto reforça uma boa fase do cinema nacional e abastece esperanças de que o Brasil seja representado na premiação hollywoodiana por dois anos seguidos. Para além dele, outras estreias próximas já fizeram sucesso em festivais estrangeiros de 2025, como O Último Azul, de Gabriel Mascaro, que recebeu o Urso de Prata em Berlim e chega às salas em 28 de agosto.

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