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As marcas ruidosas do diretor francês Luc Besson em novo Drácula

O cineasta usa de seu humor e grandiloquência inconfundíveis para apresentar uma versão peculiar (e sexy) do personagem

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 ago 2025, 08h00

A história soa tão antiga quanto o próprio vampiro: recluso num castelo romeno, o sinistro conde recebe um agente imobiliário sem revelar que planeja devorá-lo após o jantar. Desta vez, porém, a atmosfera é menos taciturna que a do recente Nosferatu (2024) e menos luxuriosa que a do clássico moderno Drácula de Bram Stoker (1992). No lugar dos elementos comuns, surgem o humor francês, a ação grandiloquente e a fantasia desavergonhada — marcas inconfundíveis do cineasta Luc Besson, de 66 anos. Em Drácula: uma História de Amor Eterno, já em cartaz nos cinemas, não é só a sede de sangue do personagem que chama atenção, mas os dotes do diretor francês para superproduções vivazes — e um tanto excêntricas.

Besson chegou ao auge nos anos 1990 com filmes que se apropriavam de moldes hollywoodianos e agregavam a eles certo requinte de seu país natal, como a femme fatale de Nikita — Criada para Matar (1990). Já equilibrava os impulsos artísticos com olhar empresarial: fundou em 1992 a produtora EuropaCorp e, de lá para cá, investiu em mais de oitenta filmes, como as franquias de ação Busca Implacável e Táxi, além das próprias obras. Com as rédeas na mão, permitiu-se explorar a ficção científica megalomaníaca e atingiu a ápice do sucesso com O Quinto Elemento (1997).

CRIADOR - Luc Besson: até Xi Jinping curte os filmes pitorescos do diretor
CRIADOR - Luc Besson: até Xi Jinping curte os filmes pitorescos do diretor (ZUMA Press/Alamy/Fotoarena/.)

O apelo pop de Besson é tanto que ele tem entre seus fãs até o imperscrutável presidente da China, Xi Jinping, que o cumprimentou sorridente durante jantar organizado por Emmanuel Macron. “Ele disse que viu todos os meus filmes. Fiquei surpreso e um pouco comovido”, declarou o cineasta em entrevista a VEJA. Nem a fama, contudo, o livrou de reveses. No final da década passada, acumulou fiascos de bilheteria e crítica, como Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017). Nos últimos oito anos, dedicou-se a projetos menores, tendo até filmado com iPhone na pandemia. “Quando se é artista, é preciso lidar com toda variável. Me dê um telefone e cinco pessoas e farei um filme. Me dê 50 milhões de dólares e farei outro”, afirma Besson.

Para rodar Drácula, o principal ingrediente foi o ator Caleb Landry Jones, de 35 anos, a quem deu o papel central por considerá-lo “o melhor de sua geração”, capaz de contracenar com o vencedor do Oscar Christoph Waltz, sobre quem recai o lugar de caçador de vampiros. Rodeado de talentos mais jovens, Besson busca se manter antenado. Mesmo assim, diz que teme o cinismo das redes sociais e prefere não se curvar a tendências. Por isso, redobrou o romantismo gótico da trama. Nas mãos do francês, o beijo do vampiro seduz ainda mais.

Publicado em VEJA de 8 de agosto de 2025, edição nº 2956

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