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Como apoio à Palestina gerou retaliação e demitiu atrizes em Hollywood

Susan Sarandon e Melissa Barrera foram acusadas de antissemitismo e acabaram dispensadas ao criticar ações de Israel em Gaza

Por Amanda Capuano Atualizado em 9 Maio 2024, 19h56 - Publicado em 22 nov 2023, 11h50

Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo, mas o conflito segue gerando controvérsia e retaliação em Hollywood. Na terça-feira, 21, a atriz Susan Sarandon foi dispensada de sua agência pelo apoio à Palestina. Caso parecido aconteceu com Melissa Barrera, que acabou demitida de Pânico VII por criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza.

Sarandon foi dispensada da UTA (United Talent Agency) após declarações feitas durante um comício pró-Palestina e postagens nas redes sociais em que critica as ações de Israel. “Mantenha a Palestina em seus corações, reze pelos palestinos… E obrigada à comunidade judaica que está nos apoiando”, dissera. Em outra declaração, Sarandon declarara que há muitas pessoas com medo de ser judias neste momento, experiência que comparou à vivência dos muçulmanos no país.

Demitida essa semana, Melissa Barrera é ativa nas redes sociais desde o início do conflito. Em uma série de publicações, a atriz demonstra apoio à Palestina e criticou as ações de Israel em Gaza, chamando a retaliação ao Hamas, que já matou 14 mil pessoas na região, de “genocídio” e “limpeza étnica”. Melissa também compartilhou uma postagem do Jewish Currents que incluía uma referência à “distorção do Holocausto para impulsionar a indústria de armas israelense”.

Em comunicado à imprensa, a Spyglass Media Group, produtora por trás de Pânico VII , disse que tem “tolerância zero com o antissemitismo ou a incitação ao ódio de qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, limpeza étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse os limites do discurso de ódio.” A atriz, no entanto, também já havia se pronunciado contra o antissemitismo. Em uma publicação de outubro, Barrera disse que defender a Palestina livre “não quer dizer, de forma alguma: ‘mate todos os judeus'”, acrescentando que defende a liberdade e segurança para judeus e palestinos em todas as partes do mundo.

Semanas antes, a chefe do departamento de filmes da Creative Artists Agency, Maha Dakhil, também foi colocada contra as cordas após compartilhar uma publicação que dizia: “Estamos vendo quem apoia um genocídio” em resposta aos bombardeios de Israel à Gaza. Dakhil renunciou da liderança do órgão, mas seguiu como membro da instituição. Segundo apontado pela Variety, no entanto, alguns membros da instituição defendem sua demissão. A reportagem também atesta que  Tom Cruise foi até a sede da agência em Los Angeles para apoiar Maha, sua agente.

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Desde os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez outras 200 como reféns, a retaliação israelense tem dividido Hollywood e gerado críticas pela violência. Até o momento, 14.000 pessoas foram mortas na região. As duas partes do conflito entraram em acordo para uma suspensão de quatro dias nos combates e a libertação de pelo menos 50 das cerca de 240 pessoas mantidas pelo Hamas em troca da libertação de 150 palestinos detidos em prisões israelenses.

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