Uma das vozes mais distintas e icônicas da história da música, dona de clássicos como Non, Je Ne Regrette Rien e La Vie En Rose, Édith Piaf ganhará uma nova cinebiografia pelo estúdio Warner. Dessa vez, porém, nenhuma atriz passará pela interpretação que rendeu um Oscar a Marion Cotillard em 2008 por La Môme (2007). O projeto será alicerçado em inteligência artificial, que recriará o timbre e a imagem da cantora.
O longa nasce da parceria entre o Warner Music Group e o espólio de Piaf e se chamará Édith. Segundo a Variety, o filme terá 90 minutos de duração e contará a história de vida da artista entre os anos 1920 e 1960, década de sua morte. Situada em Paris e Nova York, a história será narrada por uma voz gerada por inteligência artificial baseada na da cantora e deve “revelar aspectos inéditos de sua vida”.
Segundo o estúdio, o formato da animação proporciona uma visão moderna sobre a história, mas será complementado por imagens de arquivo, apresentações no palco e na TV, entrevistas televisionadas e gravações pessoais de Piaf, a fim de assegurar a “autenticidade” do projeto. Fora a personagem central, o filme não utilizou a IA para a escrita — o roteiro é de Julie Veille e Gilles Marliac.
Segundo Veille, a criação do longa parte da pergunta “se Édith ainda estivesse conosco, que mensagens ela gostaria de passar para as gerações mais jovens?” A conclusão a qual chegou foi que a francesa ficaria feliz em comunicar os aprendizados de sua vida de “resiliência” e “desafios às normas sociais”.
Piaf viveu de 1915 a 1963, período em que vendeu aproximadamente 40 milhões de discos ao redor do mundo. Além de sua atuação na música, ela ajudou dezenas de franceses a fugirem de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, se infiltrando na Alemanha com shows.
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