Prestes a lançar novo filme, Will Smith intensifica desculpas pelo tapa
Depois do fatídico episódio no Oscar, a estratégia do ator para que o longa 'Emancipation' seja bem recebido pelo público
Desde o episódio na cerimônia do Oscar deste ano, quando deu um tapa no humorista Chris Rock, Will Smith vem se desculpando publicamente. Em julho, publicou um longo vídeo no qual pedia perdão pelo seu comportamento e assumia estar refletindo sobre o que aconteceu. Agora, nas proximidades do lançamento do longa Emancipation – Uma História de Liberdade, Smith intensifica sua postura, batendo na tecla de que reconhece seus erros — uma atitude necessária para que o filme da Apple TV+ seja bem recebido pelo público. A plataforma investiu 120 milhões de dólares na produção, que chega ao streaming sexta-feira, 9, um drama épico sobre escravidão ambientado durante a Guerra Civil americana, grande aposta para o Oscar de 2023.
Nos últimos dias, Smith disse em entrevista ao canal Fox 5 que entendia completamente os espectadores que não estivessem prontos para seu retorno. “Minha maior preocupação é com minha equipe – Antoine [Fuqua] fez o que considero o maior trabalho de toda a sua carreira. As pessoas desta equipe fizeram alguns dos melhores trabalhos de toda a sua carreira, e minha esperança mais profunda é que minhas ações não penalizem o time. Neste momento, é para isso que estou trabalhando”, afirmou o ator.
Na noite de segunda-feira, 28, Smith foi a um dos principais programas da televisão americana, o The Daily Show, comandado pelo apresentador sul-africano Trevor Noah. Durante a entrevista, o ator descreveu a ocasião como “uma noite horrível” e revelou que estava passando por uma situação complicada, não que isso justifique seu comportamento, ressaltou ele.
“São muitas nuances e complexidades, mas no final do dia, eu simplesmente perdi o controle”, disse Smith. “Entendo a ideia de quando dizem que pessoas machucadas machucam pessoas.” O ator explicou que foram muitas situações acumuladas, como o sentimento de raiva reprimido ao longo da vida: “Foi o garotinho que assistiu o pai bater na mãe, tudo isso borbulhou naquele momento. Você sabe, não é quem eu quero ser”. Quando Noah disse ao ator que pensava que ele havia apenas cometido um erro, a plateia aplaudiu, e Smith se emocionou. “Tive que me perdoar por ser humano. Acredite em mim, não há ninguém que odeie o fato de eu ser humano mais do que eu”, completou o ator.
Recentemente, o diretor Antoine Fuqua defendeu a continuidade do projeto, para além da polêmica de Will Smith. “Quatrocentos anos de escravidão, de brutalidade, não são mais importantes do que um momento ruim?”, declarou em entrevista à revista Vanity Fair. A agressão cometida por Smith lhe custou sua carteirinha de membro da Academia de Hollywood, além de ser banido por dez anos da premiação. Ainda assim, isso não impede que o ator concorra a uma estatueta por Emancipation na edição do Oscar que se aproxima.