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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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“Manifestantes” não incendeiam 45 igrejas cristãs. Radicais islâmicos, sim. Que tal chamar pelo nome? É o mínimo

Esta é a manchete do Globo Online: Não. Isto não é uma manifestação. É um ataque. Estes não são manifestantes. São, no mínimo, radicais ou extremistas islâmicos – assim como eram em 2013 no Brasil os radicais ou extremistas de esquerda que comandavam ataques ao patrimônio público e privado com coquetel molotov e à polícia […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h17 - Publicado em 20 jan 2015, 20h01
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    Esta é a manchete do Globo Online:

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    Não. Isto não é uma manifestação. É um ataque. Estes não são manifestantes. São, no mínimo, radicais ou extremistas islâmicos – assim como eram em 2013 no Brasil os radicais ou extremistas de esquerda que comandavam ataques ao patrimônio público e privado com coquetel molotov e à polícia com rojões (um dos quais matou o cinegrafista Santiago Andrade).

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    E as igrejas incendiadas – convém dizer – são cristãs. Cristãs como a possível centena de milhar de pessoas mortas anualmente no mundo por ser assim. Cristãs como NÃO eram os cartunistas do Charlie Hebdo, que satirizam as figuras bíblicas tanto quanto as do Corão.

    O protesto não passa de pretexto.

    “Manifestantes” não incendeiam 45 igrejas cristãs, muito menos matam “cinco pessoas” (na verdade, foram 10), ferem 128 e destroem uma capital como Niamey, do Níger, país com 99% da população constituída por muçulmanos, sendo 59% sunitas.

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    Vejamos outros casos:

    Na Chechênia, também de maioria muçulmana, centenas de milhares de pessoas foram às ruas contra as charges do Charlie Hebdo em protesto organizado pelo governo local que é apoiado pelo Kremlin e se opõe aos rebeldes islâmicos do norte do Cáucaso. Neste caso, sim, talvez seja possível – com alguma benevolência – chamá-los de manifestantes.

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    Na Faixa de Gaza, em protesto autorizado pelos terroristas do grupo Hamas, que controlam esse território palestino, os “manifestantes” – segundo Jorge Pontual, na matéria do Jornal da Globo – queimaram bandeiras da França.

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    Também no Afeganistão, a bandeira francesa foi incendiada aos gritos de “morte à França”.

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    Eu ainda os chamaria de radicais em ambos os casos – Gaza e Afeganistão -, embora menos graves que o do Níger.

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    O fato é o seguinte: se a imprensa dá a criminosos o título de manifestantes, ela voluntária ou involuntariamente legitima o crime como forma de manifestação.

    Manifestantes anti-PT e/ou de direita, assim como políticos direitistas, são rotulados na imprensa como “extrema direita” sem que incendeiem coisa alguma, nem firam, nem matem ninguém.

    Já imaginou se o fizessem?

    Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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