Os áudios de reuniões recentes do Conselho de Administração da Petrobras começaram a aparecer, para desespero dos conselheiros que já querem destruir os que ainda não vieram a público, assim como fizeram com o da compra de Pasadena.
Eles alegam que o risco de vazamentos constrange os integrantes a não falar abertamente sobre problemas da empresa e compromete dados estratégicos da Petrobras, o que interessaria a concorrentes.
Na verdade, constrangedora é a Transparência Zero das estatais aparelhadas pelo PT, que compromete o dinheiro dos contribuintes brasileiros.
Um áudio já revelou que Guido Mantega tentou esconder o rombo de R$ 88,6 bilhões da Petrobras.
Outro, que Graça Foster disse não haver razão para acelerar as obras de Abreu e Lima, em Pernambuco, “a não ser terminar a refinaria no ano de 2010”, o da campanha de Dilma Rousseff, sugerindo a aceleração da corrupção para elegê-la.
Agora, atas e áudios das reuniões obtidos pelo Globo revelam:
Em pelo menos quatro reuniões que antecederam a disputa eleitoral, Mantega não atendeu aos apelos da então presidente da Petrobras, Graça Foster, pelo fim do represamento dos preços da gasolina.
Ela chegou a falar em “sacrifício” e em “constrangimento” à estatal por conta da iniciativa do governo.
O ex-ministro da Fazenda só recomendou o aumento de 3% para a gasolina e 5% para o diesel imediatamente após a reeleição de Dilma, em reunião de 4 de novembro, que era uma continuação do encontro de 31 de outubro. Dilma havia sido reeleita cinco dias antes, no dia 26.
Mantega então recomendou o aumento à diretoria executiva “quando considerar conveniente”.
Àquela altura, já era conveniente para o PT.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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