Impunidade dá nisso: Bandido que esfaqueou estudante no trem foi 4 vezes “adolescente infrator”
Michael Douglas, de 19 anos, é o nome do bandido acusado de ter esfaqueado o estudante Pedro Arthur Britto no último sábado, num trem da SuperVia carioca, para roubar seu celular. Ele tem mesmo um instinto selvagem: já havia sido preso em julho de 2014, por roubo (foi solto em novembro), e tem quatro passagens […]
Michael Douglas, de 19 anos, é o nome do bandido acusado de ter esfaqueado o estudante Pedro Arthur Britto no último sábado, num trem da SuperVia carioca, para roubar seu celular.
Ele tem mesmo um instinto selvagem: já havia sido preso em julho de 2014, por roubo (foi solto em novembro), e tem quatro passagens pela polícia como “adolescente infrator”.
Pergunta do dia: Por que um bandido com quatro passagens pela polícia como “adolescente infrator” ficou preso por míseros 4 meses depois de cometer um roubo já adulto?
Resposta: Porque, entre outros motivos, ele não é considerado reincidente.
Além de garantir quatro vezes sua impunidade antes dos 18 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente lhe dá de presente de maioridade uma ficha limpa.
O resultado da leniência do Estado com a bandidagem e da estupidez politicamente correta de seus críticos ao exigir punição apenas para crimes hediondos, como se estivessem à espera de cadáveres, foi narrado por Pedro Arthur, aluno do Colégio Pedro II, ao programa Bom Dia Rio:
“Ele me abordou pelas costas e inicialmente eu pensei que fosse um amigo brincando comigo. Ele puxou o celular e saiu me arrastando. Quando eu vi, estava em cima do meu sangue”.
Foram três facadas no braço esquerdo.
“Eu tenho medo. Você não pode mais vir dentro do transporte público, você não pode mais atender uma ligação na rua da sua escola. Um dispositivo que facilita a vida acaba sendo um peso na consciência, porque você pode a qualquer momento ser agredido com isso”.
O estudante foi a 13ª vítima de assaltos com faca nas últimas semanas no Rio e segue internado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Ao contrário de Jaime Gold, Pedro Arthur deu a sorte de ter sobrevivido. Seu quadro de saúde é estável, mas ele não tem previsão de alta.
“Poderia ser muito pior. Os médicos disseram que ele sobreviveu por questões de minutos e de milímetros. Se demorasse mais para ser atendido ou se perdesse mais sangue, morreria. Foi uma intervenção divina”, ressaltou o tio de Pedro, Christiano Britto.
Fica a pergunta:
O ministro dos “Direitos Humanos”, Pepe Vargas (PT-RS), não vai telefonar para a família?
Felipe Moura Brasil ⎯ https://gutenberg.veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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