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Giro pelo Oriente

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O que está rolando na Ásia

Ghibli Fest marca 40 anos da Sato Company e a trajetória de Nelson Sato

Quatro décadas de apostas ousadas que abriram espaço para o cinema e a cultura asiática no país

Por Ana Cláudia Guimarães Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 ago 2025, 15h42 - Publicado em 26 ago 2025, 15h09

O Ghibli Fest, em cartaz nos cinemas a partir do dia 18 de setembro, promete levar milhares de espectadores brasileiros a um mergulho na obra de um dos mais importantes estúdios de animação do mundo. Serão exibidos 22 filmes, entre eles clássicos como A Viagem de Chihiro, Meu Amigo Totoro e Princesa Mononoke, além de títulos inéditos nos cinemas nacionais. A mostra, dividida em duas fases, marca os 40 anos da Sato Company, distribuidora de Nelson Sato pioneira em trazer conteúdos japoneses e asiáticos para o Brasil.

“Completar quatro décadas junto com os 40 anos do Estúdio Ghibli é simbólico”, afirma Nelson Sato, fundador e CEO da empresa. “A magia da tela grande não se compara ao streaming. Queremos dar ao público a chance de redescobrir essas obras como elas foram pensadas: no cinema.”

A curadoria foi feita pessoalmente por Sato. A primeira fase terá 14 dias de exibições diárias; a segunda, prevista para fevereiro, trará outros oito filmes inéditos, além de reprises das maiores bilheterias:

“É uma oportunidade única para descobrir histórias atemporais e entender a riqueza cultural japonesa. As obras do Estúdio Ghibli não são apenas entretenimento”, afirma Nelson Sato. “Elas carregam valores de geração em geração. Falam de família, de respeito aos antepassados, dos traumas que cada um carrega. São histórias que, apesar de muito pessoais, encontram eco na sociedade. Por isso são eternas. Além disso, assistir a esses filmes é também um mergulho no espírito japonês.”

A história que hoje culmina no Ghibli Fest começou em 1981, quando o jovem Nelson Sato, de 19 anos, decidiu abrir a primeira locadora de vídeo de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Na época, ainda cursando Engenharia Civil, ele começou com apenas 20 fitas VHS (não havia fita original no Brasil, apenas pirata). Em seis meses, já eram 200.

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Poucos anos depois, ao perceber a força do audiovisual japonês, ele trouxe ao Brasil os primeiros filmes de animação do país e, em 1988, investiu em séries como Jaspion, Jiraya e Ultraman, exibidas na Rede Manchete. O sucesso foi imediato, transformando personagens em produtos licenciados e inaugurando uma nova era no entretenimento brasileiro.

Em 1991, veio a grande virada. Encantado com a animação “Akira”, Sato comprou os direitos para exibição no cinema, mesmo sem experiência no setor. O lançamento se tornou histórico: filas davam a volta no quarteirão da Avenida Paulista e, em um ano, o filme vendeu 250 mil ingressos. Foi o primeiro grande sucesso de anime nos cinemas do Brasil e abriu caminho para a popularização da cultura japonesa no país.

De lá para cá, a Sato Company se consolidou como porta de entrada de conteúdos asiáticos no Brasil. Trouxe a franquia Detetive Conan, fenômeno com mais de 1.900 episódios e 250 milhões de mangás vendidos, além de blockbusters chineses como Detetive Chinatown e A Terra à Deriva II. A Coreia também tem espaço: foi Sato quem levou os primeiros k-dramas e k-actions à Netflix brasileira, entre 2012 e 2013. Para ele, o mercado asiático representa o futuro:

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“Enquanto os EUA reduziram o número de salas de cinema, a China abre quatro mil por ano. É o maior mercado do mundo e uma grande oportunidade para produções brasileiras.”

Filho de imigrantes japoneses de Fukuoka e caçula de 11 irmãos, Sato diz carregar no trabalho os valores herdados da família: “Honestidade, resiliência e a crença de que o bem vence o mal”. Recentemente eleito para a diretoria da Academia Internacional do Emmy, ele pretende aproximar talentos brasileiros da maior premiação da televisão mundial. Com 40 anos de trajetória, Sato vê no Ghibli Fest mais do que uma celebração: “É um encontro entre gerações, um convite para refletir sobre valores universais e para viver a experiência do cinema como espaço de socialização”.

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