Ex-quase jogador da Liga de Futebol Americano (uma lesão nas costas podou as suas chances) e ex-astro da luta-livre, Dwayne Johnson estreou nas telas como mais um na linhagem de fortões que alimenta o setor de pancadaria do cinema americano. Mas logo achou seu nicho: ao contrário de Stallone, Schwarzenegger, Bruce Willis e tantos mais, e apesar do porte físico de armário com porta aberta (1m92 de altura, quase o mesmo tanto de largura), Dwayne, ex-The Rock, é um gigante gentil. Com meiguice de criança, sorriso de boa gente, ar brincalhão e humor inocente, ele hoje é o grandalhão que até bate forte – mas só se for absolutamente necessário e o sujeito merecer muito. Sua especialidade, na verdade, é o salvamento. Dwayne salva inocentes dos chacoalhões de Los Angeles (Terremoto: A Falha de San Andreas), salva os amigos de um jogo maluco (Jumanji), salva gorilas de caçadores e salva gente dos gorilas (Rampage: Destruição Total), salva banhistas do afogamento (Baywatch) e, em Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, salva a família dos bandidos que transformam em uma tocha um prédio de 1,5 km de altura, em Hong Kong. Dwayne só não salva totalmente o filme, ao qual falta um pouco de imaginação. Mas garante as duas horas de diversão.
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