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José Casado

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Informação e análise

Bolsonaro joga a toalha na avenida, Lula constrói ponte à direita

Multidão reunida em torno de Jair Bolsonaro na avenida Paulista confirmou um fato: a esquerda perdeu o monopólio das ruas e não consegue resgatá-lo

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h00 - Publicado em 27 fev 2024, 08h00

Lula, o PT e aliados começaram a semana exalando surpresa com a multidão reunida em torno de Jair Bolsonaro na tarde de domingo (25/2) no meio da avenida Paulista.

Eles têm bons motivos para preocupação, e Bolsonaro é o menor deles, porque já é um fato consumado na política. Está inelegível até 2030 e sem perspectiva de poder, pecado capital na política.

Bolsonaro jogou a toalha na avenida: “Pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia, para que seja feita justiça em nosso Brasil” — rogou, perfilando-se aos “pobres coitados”, como qualificou os seguidores já condenados nos processos da insurreição de 8 de janeiro.

A fotografia da multidão em amarelo sob o sol na Paulista funcionou como bálsamo na prisão emocional que admitiu estar vivendo. Foi evento fugaz, que nada mudou para o protagonista, nem sinalizou mudança no horizonte.

A Bolsonaro resta vaga esperança na ampliação da bancada aliada no Senado, em 2026, para batalhar por eventual anistia, ou, simplesmente, a crença em algo abstrato, a fé: “O futuro a Deus pertence”, lembrou no comício.

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Lula, PT e aliados, no entanto, mostraram-se surpreendidos com a multidão reunida. Evitam admitir em público, mas na Paulista confirmou-se um fato: a esquerda perdeu o monopólio das ruas e não consegue resgatá-lo, apesar da vitória eleitoral (a quinta em nove eleições presidenciais em três décadas) e das alegorias políticas que ornamentam o terceiro governo Lula.

O efeito disso para o PT e partidos satélites será mensurável nas urnas dentro de sete meses, nas eleições municipais. Lula continua animando o auditório da esquerda, mas se dedica a abrir uma trilha alternativa com partidos da direita, em cima de acordos como o da semana passada para liberação de 14,5 bilhões em verbas orçamentárias até agosto, com impacto previsível nas campanhas de candidatos a prefeito e vereador.

À margem do alarido dos discursos, muitas vezes atropelando a realidade, a própria biografia e a História, ele se mostra empenhado em construir uma ponte para o futuro do lulismo à direita — sem Bolsonaro no horizonte.

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