“Conversei com Paulo Guedes, ele quer, sim, e estamos perseguindo desde o começo a questão do Imposto de Renda, a tabela que não é reajustada e ele pretende anunciar para o ano que vem, já, um percentual bastante elevado de desconto do Imposto de Renda, passando de dois mil para perto de três mil reais o desconto. Ele acha que não precisa buscar uma fonte alternativa para cobrir isso aí, como fizemos na questão do IPI [Imposto sobre produtos Industrializados]. Foi um corte linear de 25% em todo o IPI. Anunciamos mais um corte agora. Deixamos de fora apenas os produtos produzidos na Zona Franca de Manaus, eles não vão perder nada com isso. Os políticos locais, como por exemplo o [senador] Omar Aziz, entre outros, que nunca fizeram nada pelo seu Estado, criticam. Agora criticam quando eu diminuo imposto, é impressionante. Inclusive, um deputado de lá vai entrar na Justiça contra o desconto de 25%, o corte, do IPI.”
(Jair Bolsonaro ontem a Renan Fiuza, da CNN, ao renovar a promessa feita na campanha eleitoral de 2018, até hoje não cumprida, de corrigir a tabela do Imposto de Renda. O alvo é o eleitorado de classe média. Auditores fiscais calculam que pela inflação acumulada desde 1996, e não repassada aos que pagam o imposto, é necessária correção de mais de 135%. Caso a correção tivesse sido feita, como prometido na temporada eleitoral anterior, o número de pessoas isentas do IR teria passado dos atuais 8 milhões para 24 milhões de contribuintes. Ano passado, a carga tributária nacional subiu para o equivalente a 33,9% do Produto Interno Bruto.)