Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Brasil teve recorde de investimento estrangeiro em ano eleitoral

Num período de incertezas políticas, o país recebeu um volume de investimento direto estrangeiro sem paralelo na última década

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 mar 2023, 09h34 - Publicado em 21 mar 2023, 09h30

Aos olhos dos investidores estrangeiros, o Brasil ainda é o país do futuro, embora esse futuro continue sendo adiado. Para eles, o  que importa é a perspectiva de retorno do capital.

Ano passado, o país recebeu um volume de investimento direto estrangeiro sem paralelo na última década.

Foi recorde: 90,5 bilhões de dólares, quase o dobro do volume aplicado no país em 2021 (46,4 bilhões de dólares).

Desde 2012, o Banco Central não registrava um fluxo de investimento direto estrangeiro nesse nível, segundo análise feita pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Chama atenção porque 2022 foi um ano de incertezas derivadas de um acirrado embate eleitoral, com propostas antagônicas dos principais candidatos à presidência para a economia.

Continua após a publicidade

Num exemplo, Lula recauchutou antigas teses de defesa do ativismo intervencionista do Estado na indução da economia. Ao mesmo tempo, Bolsonaro repisou a mistura de tópicos do manual do liberalismo com o ideário de um Estado forte, essencialmente autoritário. Lula venceu por margem apertada (1,8% de vantagem, equivalente a 2,1 milhões de votos).

Nesse contexto de incertezas eleitorais, no entanto, os investidores externos aparentemente se sentiram confortáveis para fazer apostas de longo prazo no segmento de serviços e na indústria brasileira.

O investimento diretos recorde de 90,5 bilhões de dólares traduz a movimentação de capitais internacionais para operações específicas, como fusões e aquisições de empresas no país; construção de novas instalações; reinvestimento de lucros obtidos por subsidiárias locais; e, também, créditos entre empresas de um mesmo grupo econômico — do exterior para as estabelecidas no país.

A maior parte (77% do total) correspondeu a participações no capital de empresas brasileiras. Houve um aumento de 48,2% em comparação a 2021 nessa forma de investimento externo direto.

Continua após a publicidade

Parte da motivação pode estar na desvalorização dos ativos brasileiros, consequência da depreciação da moeda nacional.

Na distribuição setorial, o segmento de serviços foi o principal beneficiado, com um crescimento de 14%. O capital externo fluiu para empresas de serviços financeiros, de eletricidade, gás e assemelhados.

Na indústria o aumento foi menor (10%), com privilégio aos investimentos em montadoras de veículos e empresas químicas.

Os negócios financeiros entre empresas de um mesmo grupo, a partir das matrizes e subsidiárias no exterior, somaram 21 bilhões de dólares. É o maior nível desde 2016.

Continua após a publicidade

Para o Iedi, essa movimentação de capitais entre companhias pode ter sido estimulada por especulação com a diferença entre as taxas de juros no exterior e a brasileira, que há meses é uma das três mais altas do planeta.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.