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José Casado

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Informação e análise

Hugo Motta perdeu controle do plenário, crise se agrava na Câmara

Ele paga o preço da hesitação na aplicação das regras de ordem e decoro. Está em singular situação de fragilidade, com a autoridade questionada no microfone

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 dez 2025, 08h00 •
  • O deputado Hugo Motta perdeu o controle do plenário, fator-chave no domínio do poder na Câmara, antes mesmo de completar o primeiro dos seus dois anos de mandato na presidência da Casa.

    Motta foi o personagem oculto nas cenas de insensatez, de violência e de censura desta terça-feira (9/12), com agressão a jornalistas coordenada a um corte abrupto da transmissão da sessão plenária pela tevê pública.

    Havia anunciado, pouco antes, uma espécie de combo de Natal de votações de projetos para:

    1. permitir punições mais rigorosas aos sonegadores, como desejava o governo;
    2. reduzir o tempo de estadia na prisão dos condenados por tentativa de golpe de estado, com foco no caso de Jair Bolsonaro, como negociaram os partidos do Centrão; e,
    3. cassar mandatos de Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália; de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), que fugiram para os Estados Unidos; e de Glauber Braga (Psol-RJ), que estava no plenário e sentou-se na cadeira de presidência decidido a comandar a sessão de discursos.

    Glauber criticou a diferença de tratamento dado pela Câmara contra ele, que pode ficar inelegível por oito anos, em comparação com Zambelli, Bolsonaro e Ramagem — podem ser cassados e continuar elegíveis.

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    Atribuiu a discriminação ao fato de ser autor das primeiras denúncias sobre orçamento secreto, o que provocou a ira do então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), artífice da própria sucessão ao escolher e ajudar a eleger Hugo Motta. Em protesto, Glauber anunciou que não sairia da cadeira presidencial, impedindo a sessão de votação.

    Criou uma grande confusão. De uma sala próxima, Motta mandou a Polícia Legislativa retirá-lo. Os jornalistas foram expulsos do salão e a transmissão da TV Câmara foi suspensa. Glauber foi levado à força.

    Motta viu-se diante do segundo ato de rebeldia do gênero em cinco meses.

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    Em agosto, num movimento coordenado com a família Bolsonaro, um grupo de deputados aliados foi conduzido por Sócrates Cavalcanti (PL-RJ) a ocupar o plenário da Câmara. Ali ficaram horas e saíram sem confronto. O movimento foi replicado no Senado. Nenhum deputado ou senador rebelado foi punido.

    O controle do plenário é fator-chave no domínio do poder no Legislativo. Motta está pagando o preço da hesitação na aplicação das regras internas de ordem e decoro.

    Sua autoridade passou a ser questionada no microfone pela centena de deputados governistas abrigados em partidos de esquerda — o PT à frente. Motta tem mais um ano de mandato no comando da Câmara. Está exposto em singular situação de fragilidade na crise que avança

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