INSS mantém dois milhões na fila de pagamento, quase todos pobres
Metade dos atrasados é de salário-maternidade e de pessoas pobres, idosos “em vulnerabilidade” e portadores de deficiência permanente
A oposição pretende atravessar a campanha cobrando de Jair Bolsonaro explicações sobre a paralisia na Previdência Social. Há três anos aumenta a fila de de aposentados e pensionistas nos guichês do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Dois milhões de pessoas aguardam pagamentos desde meados do ano passado. Por lei, o INSS é obrigado a analisar e responder aos segurados em até 90 dias.
Pelo menos um milhão de pendências correspondem a pagamentos de um salário-mínimo (R$ 1.212, 00) como Benefício de Prestação Continuada — salário maternidade e renda básica para pessoas pobres, acima de 65 anos de idade “em situação de vulnerabilidade social” e portadoras de deficiência permanente.
Na campanha, Bolsonaro terá de explicar como seu governo entrou e porque não consegue sair do atoleiro burocrático da Previdência Social. A massa na fila à espera de pagamento é de pobres, todos com título de eleitor no bolso.