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José Casado

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Informação e análise

Recorde: Brasil vendeu 90% da soja comprada pela China em julho

Embaixador da China em Washington confirmou a disposição do seu país em voltar às compras de soja nos EUA. Haveria dano significativo à hegemonia do Brasil

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 ago 2025, 08h00

Um recorde: nove em cada dez toneladas de soja desembarcadas nos portos da China durante o mês passado saíram de fazendas brasileiras. Houve aumento expressivo (13,9%) nas compras chinesas de soja do Brasil em relação a junho.

Foi o que contou o embaixador da China nos Estados Unidos, Xie Feng, aos maiores produtores e exportadores americanos de soja no fim de semana, em Washington.

Feng confirmou a disposição do seu país em voltar às compras no mercado americano, se os governos de Xi Jinping e de Donald Trump chegarem a um acordo sobre facilidades no comércio — o prazo estabelecido para a negociação é outubro.

Esse cenário resultaria, inevitavelmente, em danos significativos à posição hegemônica do Brasil nas vendas de soja aos chineses.

Os produtores americanos apelaram a Trump para ajudá-los a tomar do Brasil uma parte do bilionário mercado chinês de soja.

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Numa carta enviada à Casa Branca no início da semana passada, a associação americana dos produtores e exportadores afirmou que estão “à beira do abismo comercial e financeiro” e sem perspectiva de encomendas da China às vésperas do início da colheita.

Na guerra comercial dos EUA com a China, eles perderam espaço para agricultores brasileiros que venderam 36,5 bilhões de dólares (equivalentes a 197,1 bilhões de reais) em soja para o mercado chinês durante o ano passado.

No evento do final da semana em Washington, o embaixador chinês deu-lhes um alento ao admitir a ampliação das compras de soja americana. Implicaria em “ajuste estratégico” no comércio com o Brasil, com redução proporcional nas compras de soja no mercado brasileiro.

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“No caso da soja”, disse o embaixador chinês, “podemos observar que China e Estados Unidos se beneficiam da cooperação e perdem na confrontação. O crescente protecionismo, sem dúvida, produziu uma sombra sobre a nossa cooperação agrícola. No primeiro semestre deste ano, as exportações agrícolas dos EUA à China caíram 53% (em base anual), e o volume de soja caiu 51%.”

Xie Feng não mencionou Trump. Não precisou. Ele foi o sujeito oculto do principal evento americano sobre soja. O tarifaço, comentou Feng, semeou “confusão e caos na temporada de plantio”. Agora, resta a alternativa de um acordo comercial. Sem ele, observou com mordacidade, “nossos amigos agricultores poderiam enfrentar novas incertezas na temporada de colheita”.

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