“É um erro [da esquerda] acreditar que é possível fazer algum tipo de aliança mais orgânica com a direta, que representa seus próprios interesses — por mais variados que sejam — e que estes acordos serão cumpridos. É só estudar um pouco da história do Brasil que vemos que a direita brasileira é extremamente autoritária (…) Acreditamos que essa polaridade [Bolsonaro-Lula] que está se consolidando, de uma candidatura de extrema-direita e outra que representa centro-esquerda, mas também setores da direita, não está colocando em debate questões centrais da vida trabalhadora. [É preciso pôr,] em primeiro lugar, a classe trabalhadora, e não os interesses de estabilidade político-eleitoral, de manutenção de cargos (…) Por meio eleitoral pode se chegar a prioridades que levem em consideração, primeiro, os interesses da classe trabalhadora e não os interesses da classe dominante.”
(Sofia Manzano, candidata presidencial do Partido Comunista Brasileiro, a Lucas Borges Teixeira, do Uol. O PCB apoiou Lula até 2003. Rompeu repudiando alianças do líder do PT com forças da centro-direita.)