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Letra de Médico

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Dor no peito não deve ser negligenciada

O paciente não tem como saber a origem de seu desconforto. Portanto, a dor torácica não deve ser negligenciada

Por Ieda Jatene
Atualizado em 26 dez 2022, 13h51 - Publicado em 26 dez 2022, 13h38

Dados publicados na mais recente edição da revista científica da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo apontam que 40% das internações hospitalares no país são devido à dor torácica/suspeita de infarto. E uma em cada quatro pessoas que ingressam com a queixa tem o diagnóstico confirmado para a Síndrome Coronariana Aguda. A SCA é a situação clínica que engloba os diagnósticos de infarto e angina instável.

O procedimento de triagem, identificando quem está sofrendo a SCA, é prioridade, uma vez que estes pacientes precisam iniciar a terapia imediatamente porque correm risco de vida. Utilizamos um heart score, que ajuda a sinalizar probabilidades de acordo com cinco critérios: histórico de saúde; resultado do eletrocardiograma; idade (abaixo dos 45 anos é menos provável); fatores de risco (obesidade, tabagismo e doença aterosclerótica) e  troponina inicial, que é o principal marcador bioquímico utilizado para confirmar a SCA.

A terapia antitrombótica – com remédios para prevenção e tratamento de trombose (quando trombos obstruem o fluxo natural de sangue nos vasos e artérias) – e as estratégias de reperfusão (quando se restabelece o fluxo de sangue em uma parte do organismo após um período de suspensão ou diminuição) constituem a base de cuidados. Porém, a gama de medicamentos com diferentes mecanismos de ação e potências torna a combinação adequada complexa, variando caso a caso, dependendo intrinsecamente da conduta médica para a boa evolução do quadro.

Projeto Infarto

Apesar das possibilidades clínicas para evitar que a SCA evolua a óbito, o índice de mortes ainda é muito alto. No Brasil são cerca de 110 mil infartos ao ano.  Para ajudar no combate a essa verdadeira epidemia, a SOCESP criou o Projeto Infarto, em parceria com o COSEMS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde) e Secretaria Estadual de São Paulo com o objetivo de padronizar o socorro ao paciente.

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O projeto contempla treinamento para médicos e enfermeiros das emergência do estado e orientação para a população, além do tele eletrocardiograma, um sistema de laudo à distância, feito por um profissional de um centro de especialidades e remetido aos serviços de emergência que realizaram o atendimento mas que não contam com cardiologistas de plantão. A correta interpretação do exame é o ponto de partida para tratar, daí a importância desta etapa.

As aparências enganam

Apesar de os sintomas serem similares, a dor torácica pode ter várias causas: músculo esqueléticas, como traumas e fraturas, herpes-zóster e mialgia; gastroesofágicas, como refluxo, espasmo esofágico e pancreatite; psiquiátricas, como transtorno do pânico e ansiedade; pulmonares e pleurais, como pneumonia, pleurite e hipertensão pulmonar, além de demais justificativas cardíacas, como pericardite e doenças valvares.

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Mas o paciente não tem como saber a origem de seu desconforto. Portanto, a dor torácica não deve ser negligenciada. Aos primeiros sinais, o pronto-socorro deve ser acessado. Se não for nada grave, ótimo. Mas se estamos diante de um infarto, cada segundo perdido diminui as chances porque o coração não espera.

Artigo escrito em colaboração com Miguel Antonio Moretti, diretor de publicações e editor-chefe da Revista da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo)

Letra de Médico - Ieda Jatene
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