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Lillian Witte Fibe

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A BRF agradece. Aos caminhoneiros. E a Temer.

A virada, em um mês, da ação que era o patinho feio da bolsa. Hoje faz 30 dias que Pedro Parente, saído da Petrobras, assumiu a BRF, a lanterna do semestre.

Por Lillian Witte Fibe 18 jul 2018, 15h24
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  • Hoje faz um mês que o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, assumiu o problemático frigorífico BRF. Maior exportador de frango do mundo, reúne as marcas Sadia e Perdigão e esteve envolvido em vários barracos este ano.
    Uma briga de gente grande na direção tirou a fórceps do comando do grupo o ex-rei dos supermercados, Abílio Diniz.
    Duas operações da Polícia Federal sobre fraude em fiscalização (Carne Fraca, 2017) e em laudos sanitários (Trapaça, 2018) terminaram na prisão de um ex-presidente da BRF, em março.
    O resultado foi um desastre pras ações da companhia, que há menos de um ano chegaram a valer R$47,95 (outubro de 2017) e encerraram o semestre em R$18,00.
    Só de janeiro a junho, a queda foi de 50%, a maior da bolsa.
    Quando Pedro Parente assumiu, no dia 18 de junho, valiam R$20,00.
    No momento em que escrevo, pouco depois das 3 da tarde, são negociadas a R$23,33, uma valorização nada ruim de 16,6% nos primeiros 30 dias da gestão dele.
    Quanto às ações da Petrobras, até que não vão tão mal depois do revés que a empresa tomou com a greve dos caminhoneiros em maio.
    Nos mesmos 30 dias, se valorizam cerca de 15%, acima do Ibovespa, com alta de cerca de 12%.
    O detalhe é que, nos dois anos em que Parente esteve à frente da Petrobras, as ações da estatal mais do que dobraram.
    Quando ele assumiu a empresa combalida pela Lava Jato, em 1o. de junho de 2016, estavam em R$8,18.
    Quando saiu, no dia 1o. de junho de 2018, valiam R$16,16, apesar do tombo causado pelo efeito greve.
    É ou não é pra se pensar na qualidade da gestão da coisa pública enquanto for administrada por gente que demite executivos que dão resultado, enquanto mantém bem próximos de si investigados, presos e corruptos?
    É a mesma gente que distribui subsídio e incentivo fiscal  a rodo – para os amigos – e faz o maior drama quando a distribuição de dinheiro público sai do congresso.
    Exatamente como faz agora, com a peça de marketing batizada de pauta bomba do Parlamento.
    Pior: como faz sempre quando o objetivo é tungar a aposentadoria.
    De servidores civis ou públicos.

     

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