Argentina, Turquia, Itália: cresce a pilha de problemas
Para tentar conter a incontida fuga de dólares, Argentina acaba de aumentar de novo os juros. De 45% para 60%, o dobro da inflação
Argentina: aumentou os juros de 45% para 60% hoje. O dobro da inflação anual. O país segue em processo de asfixia pela dívida em dólar. Cresce a tensão social. As fortes centrais sindicais comandam protestos e greves.
Turquia: o vice-presidente do Banco Central se demitiu hoje, antes do anúncio de nova decisão sobre juros. As finanças do país estão a cargo do genro do presidente Erdogan, e a lira segue sofrendo ataques.
Rússia: diante da insatisfação popular, Putin foi à televisão (o que não acontece todo dia) para falar sobre o aumento da idade mínima de aposentadoria. O país puxou a fila da crise financeira de 1998 ao declarar bancarrota e está hoje sob sanções de vários países por causa da invasão da Crimeia e do uso de armas químicas (ex-agentes alvejados por agentes nervosos especialmente na Grã-Bretanha).
Itália: o preço da (sempre enorme) dívida pública atingiu hoje o nível mais alto em quatro anos. O país está sendo governado por uma inédita coalizão da extrema esquerda com a extrema direita. Dividido pela questão da imigração e com um dos piores déficits fiscais da zona do euro, faz crescer o medo de que uma nova – só que muito maior – Grécia esteja à vista.
Enquanto isso, Trump, nos Estados Unidos, pede a demissão do presidente da CNN.