Contágio da Turquia se agrava; semana começa mal
Madrugada de segunda aqui, mercados na Ásia e Europa abertos: crise na Turquia piora, arrasta emergentes e tensiona o mercado em plena tensão pré-eleitoral.
Não é um bom agouro pro Brasil nestes tempos pré-eleitorais que pendem naturalmente à turbulência. Notícias da Inglaterra, dos Estados Unidos e da Bloomberg (que a esta hora da madrugada no Brasil cobre bastante também Ásia e Oriente) manchetam o efeito dominó da lira turca.
Estão entrando de Istambul, repercutindo o “não plano” anunciado sexta-feira pelo governo turco.
Muitas promessas e, de concreto mesmo, apelo do presidente Erdogan para que pessoas e empresas se desfaçam de tudo o que tem valor em divisas estrangeiras, trocando-os pela moeda nacional, que segue se desvalorizando. (Ver abaixo atualização sobre discreta amenização da queda depois do anúncio de medidas pelo Banco central)
É um sinal de que o governo altamente dependente de importações sente o perigo de ficar de repente sem energia, por exemplo, por não ter como pagar seu petróleo.
Exemplo de efeito dominó: a Indonésia está intervindo no mercado local para tentar segurar a cotação da moeda.
“Lira continua desmoronando”. “A barafunda da Turquia”.”Lira segue em recuo” são algumas das manchetes.
O Brasil não precisava de mais esse problema agora. Aqui o link do excelente business live do Guardian, que acompanha praticamente em tempo real o noticiário sobre os mercados durante o funcionamento dos pregões europeus. E outro, americano, do MarketWatch.
O Financial Times pondera que a queda da lira turca se ameniza um pouco com as medidas anunciadas pelo Banco Central, garantindo liquidez aos bancos. E ainda, da CNBC. E um segundo do Guardian.