Quem é mãe sabe como é difícil dar conta da rotina com os filhos. A fotógrafa Maria Emília Dinat, de 31 anos, mãe de três filhos, faz um verdadeiro malabarismo para conciliar a vida profissional com a materna.

Como ela trabalha em casa, muitas vezes tem de responder e-mails ou falar ao telefone com clientes com uma criança pendurada nela – literalmente, pois amamenta. Em outras ocasiões, cuidar dos filhos se assemelha à linha de produção de uma fábrica: você dá banho em um, em dois, em três. E sobra tempo para o banho da mãe? Sobra, mas quase sempre é aquela ducha rapidinha, pois os filhos logo começam a bater à porta do banheiro para pedir alguma coisa.

E ainda tem de sobrar tempo para fazer o almoço, lavar a roupa e brincar com os filhos. Como dar conta? Com um deles no colo ou na hora em que eles estão na escola ou dormindo. Esse é o tempo que a mãe deveria ter para ela, para se cuidar. Mas não dá, tem que trabalhar, cuidar da casa, buscar na escola.

Maria Emília conta que decidiu mostrar em fotos como era a vida de mãe em um dia que estava muito cansada. “Eu estava muito estressada, muito atarefada. Vida de mãe é assim, por mais que o marido ajude, ainda é muito pesado”, disse ao blog.

Segundo ela, houve um reação positiva muito forte à sua postagem. “Muitas mães se identificaram, me escreveram para contar que entendiam o que eu passava.” Também houve críticas, mas ela diz que não se importou. “Isso é normal, crítica sempre vai ter. Não dá para mudar a cabeça de ninguém.”

A fotógrafa diz que seu marido é muito participativo, mas naquele diz não podia ajudá-la. “Queria mostrar que trabalho tanto quanto ele, mas naquele dia, especificamente, não podia me acolher.”

O recado deu certo. Além de viralizar na internet, o marido de Maria Emília está mais empenhado em dividir com ela a responsabilidade da casa. “Ele tomou mais consciência, já era uma pessoa esclarecida, mas ficou ainda mais participativo.”

A fotógrafa se queixa de um problema comum em muitos relacionamentos, a chamada carga mental. “O que atormentava era o fato de ter de pedir as coisas, isso gera uma carga mental muito grande. Além de fazer as suas coisas, ainda tem de avisar a outra pessoa sobre o que tem de fazer. Sinto que estamos numa sintonia muito melhor agora.”

Ela faz questão de deixar claro que não é um supermãe, é apenas uma mãe como outra qualquer.  “

A maioria das mães são super, é uma redundância. Não quero que me olhem e digam como sou foda.  Mas que vejam como uma mãe fica sobrecarregada, como o peso da maternidade é desleal para nós mulheres.”

Maria Emília Dinat

Uma curiosidade: Maria Emília conversou com o blog enquanto fazia compras no supermercado. “Parece que está tendo um apocalipse zumbi, de tão lotado!.” É a Páscoa.

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