A liderança da esquerda em uma das capitais do agronegócio
Campanha em Goiânia será uma das mais disputadas do país
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que uma petista, a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), lidera as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Goiânia com uma pequena vantagem numérica sobre os principais rivais, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o também deputado federal Gustavo Gayer (PL). O levantamento confirma a impressão de que o cenário da capital de Goiás ainda é bastante indefinido e muitos fatores podem mudar a atual tendência, sobretudo o posicionamento do governador Ronaldo Caiado, que tem alta popularidade e ainda não definiu o nome que irá apoiar.
Na pesquisa espontânea, Adriana tem 4,7% das intenções de voto e fica quase empatada com Gayer, que tem 4,6%. Na sequência, Vanderlan crava 2,8% e o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), fica em quarto lugar, com 2,4%. Outros nomes — como o de Gustavo Mendanha (Patriota), que retirou a candidatura para apoiar Janio Darrot (MDB) — têm menos de 1%.
No cenário estimulado, Adriana Accorsi atinge 22,1%, enquanto Vanderlan, fica com 20,6%. Os dois são nomes mais antigos da política goiana. Gayer obtém 19,7% e o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil), correligionário do governador Ronaldo Caiado, aparece em quarto, com 10,7%. Só então vem o atual prefeito, com 7,4%.
Um dos movimentos mais importantes do xadrez da eleição goianiense é o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que tem 81% de aprovação no estado e já se cacifa para enfrentar Lula na eleição de 2026. Até o momento, não há uma definição oficial, mas a tendência é que ele apoie Darrot, um nome mais moderado, de centro-direita, deixando para trás inclusive o colega de sigla.
Rejeição
O atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, tem sérios problemas na campanha, pois lidera a pesquisa de rejeição: 39,1% dos entrevistados pelo Instituto Paraná Pesquisas disseram que não votariam nele nas eleições deste ano. Ex-vereador, o republicano era o vice do prefeito eleito, Maguito Vilela (MDB). O emedebista morreu no começo do mandato por causa de complicações da covid-19. Cruz é natural do Rio de Janeiro e pastor evangélico licenciado da Igreja Universal. Ele apoiou Caiado nas eleições de 2022, mas, ao que tudo indica, o gesto não vai ser retribuído.
Pelo critério de rejeição, Adriana tem um índice melhor que o do prefeito, 26,8%. Gayer e Vanderlan ficam próximos nesse quesito, com 16,8% e 16,2%, respectivamente. Darrot, que deve ter o apoio de Caiado, tem 7,1% e fica em último lugar no índice de rejeição da pesquisa.