A nova vitória de Fernando Haddad sobre o bispo Edir Macedo
Chamado de 'charlatão', líder da Igreja Universal processou petista por danos morais
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, no último dia 26, um recurso do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que processou o então candidato a presidente Fernando Haddad (PT), por ter sido chamado, em 2018, de “fundamentalista charlatão, com fome de dinheiro”. Na ocasião, Macedo alegou danos morais e pediu 79.000 reais de indenização. Vitorioso em primeira instância, o religioso perdeu na segunda esfera judicial paulista. Agora, em Brasília, nova derrota.
Na época, o bispo alegou que a ofensa ocorreu depois que ele disse ser apoiador do então deputado federal Jair Bolsonaro (PL), concorrente de Haddad no pleito daquele ano. “Macedo apenas e somente demonstrou sua inclinação ao candidato Jair Bolsonaro, nada mais (…). A esse respeito, inclusive, é de rigor destacar que Edir Macedo, em outras eleições presidenciáveis, se inclinou a favor do Partido dos Trabalhadores (PT), partido esse em que o réu Fernando Haddad é filiado e candidato”.
No despacho, a relatora Maria Isabel Gallotti disse que os argumentos de Macedo, de que fora ofendido pelo político e que deveria prevalecer a sentença inicial, não mereciam prosperar.
O líder da igreja terá que pagar 20% do total solicitado inicialmente, a título de honorários advocatícios. O valor deverá ser corrigido.