A penúria da campanha de Queiroz a deputado estadual no RJ
Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, apontado pelo MP como operador de esquema de rachadinha, Queiroz arrecadou apenas R$ 2 mil até agora
Amigão do peito do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz tenta se eleger deputado estadual no Rio com uma campanha que, na largada, ostenta um caixa quase vazio.
Três semanas após o início do período de doações eleitorais, Queiroz arrecadou apenas 2.000 reais, dos quais 1.000 reais vieram do bolso dele próprio. Os outros 1.000 reais foram doados por Roberto Moreira Viana.
O dinheiro na campanha do ex-assessor de Flávio corresponde a apenas 0,15% do limite de gastos para uma campanha a deputado estadual, no valor de 1,2 milhão de reais. Queiroz informou à Justiça Eleitoral despesas de 1.000 reais até agora, entre serviços de “assessoria em marketing digital”, criação de um site e impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.
Apontado pelo Ministério Público do Rio como operador do esquema de rachadinhas – desvio de salários de servidores – no gabinete de Flávio, Queiroz ainda não recebeu qualquer ajuda financeira do PTB, seu partido.
Enquanto isso, outros nomes da sigla à Alerj já tiveram o caixa forrado por dinheiro petebista: candidatos à reeleição, Rodrigo Amorim e Alana Passos receberam, respectivamente, 600.000 reais e 500.000 reais do PTB fluminense. Mesmo nomes sem mandato, como Andréia Pádua (250.000 reais) e Walney Rocha (260.000 reais), foram agraciados com recursos, que até agora não pingaram no caixa de Queiroz.