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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Entenda a confusão em torno da entrevista de Gleisi Hoffmann à Al Jazeera

Vídeo da presidente do PT para a emissora do Catar com defesa de Lula gerou reação de senadora do PP e pedido de investigação por deputado do PSL

Por Da Redação
Atualizado em 19 abr 2018, 13h55 - Publicado em 18 abr 2018, 21h10

Um vídeo gravado pela senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), à TV Al Jazeera, do Catar, causou polêmica nas redes sociais e no Congresso nesta quarta-feira (18) (veja acima). Na mensagem, Gleisi se dirige “ao mundo árabe” para reverberar a cantilena petista de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “foi condenado por juízes parciais em um processo ilegal” e é um “preso político”. Nomeada por Lula sua porta-voz enquanto ele está encarcerado em Curitiba, a presidente do PT também faz as costumeiras críticas à imprensa, especificamente à TV Globo, à qual ela atribui “uma campanha de mentiras contra Lula”. “A Globo está pressionando o Judiciário brasileiro a não conceder a liberdade a Lula, apesar de ela estar prevista na Constituição”, diz Gleisi, sem dizer a qual artigo da Carta Magna faz referência.

Ainda conforme a petista, que cita a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais à Presidência da República, “o objetivo da prisão ilegal é não permitir que Lula seja candidato”. “Há manifestações todos os dias em todos os lugares do país e há mais de uma semana nós estamos acampados em frente à Polícia Federal onde Lula está preso. Em todo mundo há manifestações de solidariedade ao ex-presidente e pedidos pela sua liberdade. Convido a todos e a todos a se juntarem conosco nessa luta”, conclui Gleisi Hoffmann.

O vídeo viralizou no WhatsApp entre detratores de Gleisi e do PT, compartilhado como “fato gravíssimo” e “urgente”. “Vejam só que eles estão recorrendo até aos muçulmanos para defender o Lula”, diz uma das mensagens. “Esse canal é Al Jazeera, mídia do Qatar, financia inúmeros grupos terroristas. É totalmente antissionista mas mesmo assim tem sede em Israel”, teoriza outra.

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Dois dos receptores das mensagens com o vídeo foram o deputado federal Major Olímpio (PSL-SP) e a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que decidiram reagir à fala de Gleisi Hoffmann alguns (muitos) tons acima, ecoando a paranoia propagada pelo WhatsApp.

Tão exagerado quanto sedento por holofotes, Olímpio não perdeu tempo e foi direto às vias oficiais. Bateu às portas da Procuradoria-Geral da República (PGR) para protocolar um pedido de investigação contra a presidente do PT com base na Lei de Segurança Nacional, conforme informou o Radar.

Já Ana Amélia usou o microfone (veja abaixo). Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, a parlamentar gaúcha disse esperar que o vídeo de Gleisi “não tenha sido para convocar o Exército Islâmico pra vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido a compostura e o respeito e o apoio popular”.

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Em resposta à colega no plenário do Senado, Gleisi atribuiu a reação de Ana Amélia a “xenofobia” e “desvio de caráter”. Ressaltando que deu entrevistas à britânica BBC, à espanhola EFE, à portuguesa SIC Portugal e à francesa France Presse a respeito da prisão de Lula, a petista declarou que “o incômodo com essa entrevista com aquela senadora do Rio Grande do Sul que veio à tribuna falar a este respeito não foi com o conteúdo da minha fala, mas com o veículo de comunicação onde ela se deu. Só posso reputar isso à ignorância, ao preconceito, à xenofobia contra o povo árabe. Aliás, mais do que isso, chega a ser má fé, desvio de caráter”.

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