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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Após pressão de governadores, Pazuello antecipa o início da vacinação

Com o início da imunização em São Paulo no domingo, ministro da Saúde adiantou a campanha, que iria começar na próxima quarta-feira.

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jan 2021, 09h10 - Publicado em 18 jan 2021, 08h11
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  • Após pressão de governadores para adiantar a campanha nacional de imunização contra a Covid-19 e um dia depois de a vacinação ter começado em São Paulo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, decidiu liberar os estados para começar a aplicação da CoronaVac ainda nesta segunda-feira, dia 18, “no fim da tarde”. “Fica combinado que a gente distribui tudo hoje e começa ao final do dia, em princípio, às 17h. Se alguém tiver delongas, faz parte da missão”, afirmou o ministro.

    Os governadores se reuniram com Pazuello na manhã desta segunda-feira no centro de logística do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), para um ato simbólico do envio das vacinas aos estados e vinham pressionando o governo federal para adiantar a vacinação desde ontem à noite. O ministro havia anunciado no domingo, 17, que a imunização começaria em todo o país para grupos prioritários, na próxima quarta-feira, 20, às 10h.

    “Não era razoável ficar para quarta-feira se chegam vacinas nos estados a partir de hoje e se é possível chegar em todos os estados (capitais) nos voos que saem agora pela manhã de Guarulhos. Um dia nacional de vacinação na situação do Brasil faz muita diferença. Serão muitas vidas salvas”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), líder do fórum de governadores.

    Depois do ato, os governadores seguirão para Brasília, onde irão encontrar o presidente Jair Bolsonaro. Em seu pronunciamento, Pazuello ressaltou a importância de garantir a vacinação em todos os estados em igualdade de condições, levando em conta a gravidade local. “Nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, afirmou o ministro.

    As vacinas da AstraZeneca, feitas em parceria com a Universidade de Oxford, e a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, tiveram o uso emergencial aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no domingo. No mesmo dia, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), iniciou a imunização no estado de São Paulo — a primeira vacinada foi a enfermeira Mônica Calazans.

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    “Cada dia é importante. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo”, concluiu Pazuello, que estava cercado por governadores de diversos estados que vieram a São Paulo para acompanhar o envio das remessas de vacina. Ele ainda ressaltou que até o meio da semana o Brasil se tornará o segundo país do mundo ocidental a aplicar mais vacinas contra a Covid-19 – o primeiro seria os Estados Unidos.

    Apesar de estar em Guarulhos, na Grande São Paulo, o governador paulista João Doria não foi à cerimônia, enviando no lugar o vice Rodrigo Garcia. Ele e Pazuello trocaram fortes críticas ontem depois que Doria decidiu iniciar a vacinação no Hospital das Clínicas em desacordo com o Ministério da Saúde.

    Em tom diferente do adotado pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, Pazuello frisou que, apesar da chegada da vacina, a população precisa continuar usando máscaras e praticando o afastamento social.

    Ele também informou que “ainda nesta semana” desembarcam as 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca, que vem sendo desenvolvida em parceria com a Fiocruz e foi aprovada pela Anvisa ontem. O lote era para ter chegado da Índia na última semana, mas foi bloqueado por autoridades do país oriental.

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