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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Benedita da Silva: PT não deve tratar voto evangélico de forma diferente

Deputada, uma das principais lideranças evangélicas do PT, minimizou as fake news contra o partido e disse que é preciso deve focar na discussão econômica

Por Victoria Bechara 20 ago 2022, 08h59

Uma das principais lideranças evangélicas do PT, a deputada federal Benedita da Silva (RJ) defende que o voto evangélico não deve ser tratado de forma diferente pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eles são como qualquer eleitor”, afirma.

Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera entre esse público com 49% das intenções de voto, ante 32% do petista. Lula tem vantagem entre os católicos.

O PT tem sido alvo de fake news espalhadas por aliados do presidente. Nesta semana, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) afirmou que Lula, se eleito, fecharia igrejas. Benedita minimizou a situação. “Não tem cabimento. O Lula fechar igrejas? Quem acreditar nisso é ingênuo”, disse.

Para a deputada, em vez de desmentir fake news, o PT deve focar em lembrar o eleitor sobre o que foi feito nos governos petistas. Ela cita o programa que criou as cisternas no Nordeste e educação de qualidade para os filhos dos evangélicos. Benedita, assim como outros membros da campanha, também defende que as discussões sobre a situação econômica do país devem ser prioridade.

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“O que está em jogo no país são os rumos econômicos, a comida na mesa das pessoas”, diz Gutierres Barbosa, secretário do núcleo inter-religioso do PT. “Claro que a discussão de ordem moral é muito importante para a sociedade, mas o que está no centro da eleição é se o brasileiro vai comprar barato, qual custo de vida ele vai ter em 2023, o valor do salário mínimo, as melhorias diretas na saúde e educação. Estamos colocando isso como uma questão que unifica os segmentos religiosos”, acrescenta.

Apesar da avaliação de Benedita, alguns aliados defendem que o ex-presidente faça uma ofensiva para tentar reverter o domínio de Bolsonaro entre os evangélicos. Como mostrou VEJA, a campanha planeja a participação do ex-presidente em um culto em São Paulo, ainda sem data marcada. Aliados também pedem que Lula faça lives com líderes religiosos nas redes sociais para falar sobre o que já foi feito em seus governos e o que pretende fazer pelos evangélicos, além de desmentir notícias falsas. A sugestão foi levada pelo pastor Paulo Marcelo Schallenberger a Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, que teria gostado da ideia.

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