O total de mortes causadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul chegou a treze na manhã desta quinta-feira, 2. De acordo com a Defesa Civil do estado, ao menos 21 pessoas estão desaparecidas e os estragos já atingem 134 municípios, afetando mais de 44,6 mil moradores.
Por volta das 11h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no aeroporto de Santa Maria, cidade que já registrou três óbitos, para monitorar a situação no estado e se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB). A comitiva que acompanha o presidente traz cinco ministros, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Jader Filho (Cidades) e Paulo Pimenta (Secom), além do general Tomás Paiva, comandante do Exército, e do major-brigadeiro do ar Antonio Luiz Godoy Soares, chefe de gabinete do comandante da Aeronáutica.
Em seu perfil oficial no X (ex-Twitter), Leite confirmou que já se encontrou com o presidente e seus ministros e assessores.
https://twitter.com/EduardoLeite_/status/1786031971417592025
Previsão de mais tempestades
Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul começaram na última terça-feira, 30, e a previsão é que as tempestades continuem intensamente pelo menos até o próximo domingo, 5. A região de maior preocupação, atualmente, é o Vale do Taquari — na madrugada desta quinta-feira, o Rio Taquari chegou a 31,2 metros e atingiu a maior cheia da história.
Além das três mortes em Santa Maria, foram registrados dois óbitos nas cidades de Salvador do Sul e dois em Paverama. Os municípios de Encantado, Itaara, Pântano Grande, Santa Cruz do Sul, São João do Polêsine e Segredo relataram, cada um, uma vítima fatal.
Na última quarta-feira, 1º, o governador Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública e determinou a suspensão das aulas em toda a rede estadual até domingo. Os acessos foram cortados às usinas hidrelétricas e barragens de Monte Claro, 14 de Julho e Castro Alves, e a usina de Dona Francisca está em nível de emergência para transbordamento.