Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

CNJ abre reclamação contra desembargador que negou preferência a grávida

Advogada gestante precisou aguardar sete horas para fazer sustentação oral em sessão; assista ao vídeo que repercutiu nas redes sociais

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jul 2024, 18h01 - Publicado em 1 jul 2024, 14h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Neste domingo, 30, o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, decidiu abrir uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luiz Alberto Vargas, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Na quinta-feira passada, 27, o magistrado negou ao menos cinco pedidos de uma advogada grávida para ter preferência na ordem de sustentação oral. Ela precisou esperar mais de sete horas para falar na sessão.

    [videopress WI3sA0j0]

    O vídeo da sessão (veja acima) viralizou nas redes sociais. Tanto a advogada gestante quanto outros advogados presentes e o representante do Ministério Público pedem que a preferência seja concedida, mas Vargas nega.

    É a quarta ou quinta vez que o senhor pede e eu já falei que não vou reconsiderar”, o desembargador responde ao promotor. À advogada gestante, ele afirma: “A doutora teve uma hora para conseguir uma advogada que pudesse substitui-la e peço que a senhora me respeite”. Depois, outra advogada intervém, e Vargas diz que o assunto “já tomou muito tempo da sessão”.

    Salomão decidiu, de ofício, abrir a reclamação, que equivale a uma espécie de “inquérito” administrativo e pode ou não virar processo disciplinar contra o desembargador. É só nessa segunda etapa que ele pode sofrer as punições previstas na Lei Orgânica da Magistratura.

    Continua após a publicidade

    “Tais questões exigem do Judiciário um olhar atento e que abomine todas as formas de discriminação ou violência, o que inclui tratamento adequado e paritário dispensado àqueles que exercem os serviços no Poder Judiciário, além daqueles que, de qualquer forma, se utilizam das suas dependências ou são usuários dos serviços prestados. Não se trata de mera ilação ou princípio genérico, mas norma de conduta adotada pelo Conselho Nacional de Justiça como dever dos magistrados e de todos aqueles que exercem a administração da Justiça”, disse Salomão ao abrir o processo neste domingo.

    Precedente

    Não é a primeira vez que Vargas vai parar no CNJ. Em novembro do ano passado, o conselho aplicou a ele a pena de censura em outro processo disciplinar, por causa de manifestações do desembargador nas redes sociais. Ele foi alvo de uma representação aberta pelo procurador do Rio Grande do Sul e ex-deputado estadual Eric Lins Grilo, que é bolsonarista e filiado ao PL.

    Vargas foi autor de diversas publicações com dizeres como “fogo nos fascistas”, “Bolsonaro genocida”, “chupa gado”, “Lula inocente” e “STF deixa direitos sociais de lado quando julga questões importantes para o grande capital”. O CNJ entendeu que as atitudes do desembargador feriram o Código de Ética da Magistratura.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.