Prestes a passar para o comando do deputado federal André Fufuca (PP-MA), o Ministério do Esporte não brilhou aos olhos do Centrão apenas por abrir espaço para a legenda na Esplanada dos Ministérios de Luiz Inácio Lula da Silva.
Com um orçamento considerado baixo se comparado aos demais ministérios — para 2023, o montante não chega 2 bilhões de reais –, a pasta, nos últimos tempos, tem recebido sinalizações de uma possível anabolização dos recursos daqui para a frente.
A medida provisória que regulamenta as apostas esportivas, publicada no fim de julho, aumentou a taxação das empresas sobre a receita bruta dos jogos. O texto inicial, que previa cobrança de 16%, aumentou para 18% justamente para direcionar mais recursos para o Ministério do Esporte: a fatia passou de 1% para 3%. De acordo com o que foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a arrecadação total com a taxação das apostas deverá girar em torno de 2 bilhões de reais por ano.
Ao mesmo tempo, a dança das cadeiras desenhada pelo Planalto para acomodar partidos do Centrão no governo em troca de apoio no Congresso também pretende impulsionar as atribuições da pasta. Com a saída de Ana Moser e o embarque de Fufuca, o ministério deve passar a se chamar “do Esporte, Juventude e Empreendedorismo”, de forma a unir Esporte e Pequenas e Médias Empresas em uma só pasta.