Gustavo Bebianno foi um dos homens mais importantes na campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro em 2018. Com a eleição, assumiu a Secretaria-Geral da Presidência da República, posto que ocupou por pouquíssimo tempo, até fevereiro daquele ano, quando rompeu com o presidente. Na sua queda, que começou com a descoberta de um “laranjal” envolvendo o PSL, partido do qual era vice-presidente, teve papel decisivo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com quem o ministro se desentendeu.
Desde então, circula nos bastidores políticos a informação de que Bebianno teria deixado no exterior um celular cujo conteúdo poderia incriminar o presidente. À Polícia Federal a viúva do ex-ministro, Renata Bebianno, disse que destruiu o aparelho.
Em outubro de 2021, o empresário Paulo Marinho, que cedeu a casa onde operou o QG da campanha de Bolsonaro, relembrou Bebianno ao mandar um recado para Bolsonaro após o presidente ter se desentendido com o seu filho, André Marinho, em um programa da Jovem Pan. “Você lembra do nosso amigo Gustavo Bebianno? Talvez você já tenha esquecido dele. Com certeza, já esqueceu. Mas ele não lhe esqueceu. Quando você estiver chorando no banheiro do palácio lembre dele, capitão”, disparou.
Agora, Marinho voltou à carga após o ex-assessor de Bolsonaro Waldyr Ferraz, conhecido como Jacaré, ter dito em entrevista exclusiva a VEJA que Bebianno estava por trás de um plano para assassinar o então candidato a presidente. “A verdade: o vagabundo do presidente pediu para que Gustavo contratasse Jacaré na folha do PSL recebendo R$ 20k. Bebianno negou mais essa rachadinha”, escreveu.