Debate VEJA reúne candidatos aos governos de São Paulo e Rio de Janeiro
Encontros realizados em conjunto com outros veículos vão reunir nove postulantes a liderar os estados que reúnem 30% do eleitorado e um terço do PIB do país
Os principais candidatos aos governos de São Paulo e Rio de Janeiro vão apresentar no debate VEJA neste sábado, a partir das 18h30, as suas propostas para os dois estados, que concentram mais de 47 milhões de eleitores – cerca de 30% do eleitorado brasileiro – e um terço do PIB do país.
A pouco mais de duas semanas para a votação, em 2 de outubro, o debate VEJA será crucial para o futuro das candidaturas e vem sendo tratado com prioridade pelas campanhas. Em São Paulo, serão cinco candidatos: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT). No Rio, participarão Cláudio Castro (PL), Marcelo Freixo (PSB), Rodrigo Neves (PDT) e Paulo Ganime (Novo).
Os candidatos irão detalhar as suas propostas ao longo de quatro blocos. No primeiro, farão perguntas entre si seguindo a ordem determinada por sorteio: Aquele que perguntar terá direito a réplica; o que responder poderá fazer a tréplica.
No segundo bloco, os candidatos irão responder aos questionamentos dos jornalistas. Cada um dos cinco profissionais escolherá dois candidatos, um para responder e outro para comentar a resposta. O postulante que responder à pergunta do jornalista terá direito a réplica após o comentário.
No terceiro bloco, os concorrentes farão perguntas entre si na ordem inversa do primeiro bloco. No quarto e último bloco, os jornalistas voltam a fazer perguntas aos postulantes. Depois, cada candidato terá um minuto para fazer suas considerações finais.
São Paulo
Em São Paulo, o debate VEJA vai reunir os principais candidatos ao Palácio dos Bandeirantes em um momento-chave da eleição, com o acirramento da disputa para saber quem irá ao segundo turno.
A briga entre o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) esquentou nesta semana, com a divulgação de pesquisa Datafolha que mostra os dois empatados tecnicamente: o tucano tem 19% contra 22% do bolsonarista. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é o líder, com 36%.
A novidade na semana foi a subida de Garcia, que tinha 15% na pesquisa anterior, de 1º de setembro. Tarcísio seguiu estável – tinha 21% –, assim como Haddad, que tinha 35%.
O tucano luta para manter uma hegemonia do PSDB que já dura 28 anos — desde a vitória de Mário Covas em 1994, o partido nunca perdeu uma eleição para o governo do estado. Já Tarcísio, que estreia em uma campanha eleitoral, tenta se firmar como um nome relevante da direita e centro-direita, e para isso faz questão de ressaltar na campanha o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho de sua candidatura.
Haddad, que lidera a disputa desde o início, também tenta nacionalizar a campanha e explorar o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – favorito na eleição presidencial – e de Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, que governou o estado por quatro mandatos.
Também participarão do debate os candidatos Vinicius Poit, que é deputado federal pelo Novo, e Elvis Cezar (PDT), ex-prefeito de Santana de Parnaíba, cidade da Grande São Paulo. Ambos têm 1% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha.
“Não tenho dúvidas que mais um debate será fundamental para a população comparar a história de cada candidato e decidir de maneira soberana”, afirma Garcia. “É mais uma oportunidade para o eleitor comparar projetos, gestões e propostas, sem a maquiagem da propaganda eleitoral, onde muitos pintam um quadro bonito, mas sem o recorte de realidade que nossa gente vê diariamente por todo o estado”, diz Elvis Cezar. “A maior expectativa é furar o bloqueio de comunicação e mostrar a diferença de nossas trinta ideias para um governo inovador em São Paulo”, afirma Poit.
Rio de Janeiro
No Rio, o debate contará com as presenças do atual governador do estado, Claudio Castro (PL), do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e do deputado federal Paulo Ganime (Novo).
Além de VEJA, participam da iniciativa, o SBT, o Portal Terra e a Rádio Nova Brasil FM.
Castro lidera a disputa pelo palácio Guanabara, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, tem 31% das intenções de voto, contra 27% de Freixo e 8% de Neves. Ganime aparece com apenas 1%. A situação tem tudo para fazer do governador o alvo preferido dos adversários.
Em entrevistas e postagens nas redes sociais, Castro vem sendo criticado pelos opositores por ter feito contratações de funcionários por meio da Fundação Ceperj, sem dar a devida transparência para os atos administrativos, o que motivou uma investigação do Ministério Público. Outro fato que deve ser explorado nas perguntas ao candidato do PL é a prisão do ex-secretário da Polícia Civil Allan Turnowski, acusado de associação com o jogo do bicho.
“A gente espera debater os problemas e as soluções para o Rio de Janeiro e também falar um pouco desses dois anos em que estive à frente do estado, o que é importante para a população”, diz o governador que assumiu o cargo depois do impeachment de Wilson Witzel e ainda luta para ter o nome conhecido pelo eleitor.
Já Freixo deve ser cobrado pela mudança recente de opinião em relação à legalização das drogas. Egresso do PSOL, partido que defende a medida como forma de se colocar um fim da guerra particular entre polícia e crime organizado nas comunidades cariocas, o deputado anunciou recentemente que repensou a medida após conversar com mulheres que moram nas áreas ocupadas pelo crime organizado. “O debate ajuda a entender melhor as propostas e programas para o eleitor decidir um futuro melhor para o Rio”, afirma o candidato.
Tentando consolidar-se como terceira via, Rodrigo Neves não tem poupado críticas aos dois adversários. O candidato, que conta com o apoio do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), quer explorar a resistência que setores mais conservadores têm ao nome de Freixo e circula a versão de que é o único capaz de vencer Castro no segundo turno. Contra Castro, explora as denúncias de corrupção, embora ele próprio tenha sido preso pelo braço fluminense da Operação Lava Jato, acusado de favorecer empresas de transporte público na prefeitura de Niterói. “A expectativa é que todos os cidadãos conheçam a trajetória e a proposta de cada uma das candidaturas, para mim de maneira especial porque tenho índice de desconhecimento maior do que meus adversários”, diz Neves.
Representante da direita liberal, Paulo Ganime tem como principal desafio crescer nas pesquisas e tenta disputar o eleitor desse espectro ideológico com o atual governador, que tem recebido apoio das camadas mais conservadoras da sociedade por ser o representante de Jair Bolsonaro, no berço político do presidente da República. “Espero debater propostas e ideias, mas é importante também que os eleitores conheçam a história dos candidatos”, afirma o deputado.
Fique por dentro de tudo sobre os debates VEJA VEJA uniu-se a SBT, CNN, Terra, NovaBrasil e Estadão/Eldorado, em uma parceria inédita para a realização de debates nas eleições de 2022. Juntos, esses grupos de comunicação deram origem ao maior pool de veículos da disputa deste ano. Os confrontos entre candidatos serão levados a todas as mídias: TV aberta e por assinatura, rádio, revista, jornal, agência de notícias, internet e redes sociais. Um alcance inédito para as campanhas e uma versatilidade única para o eleitor.
Não perca a transmissão ao vivo e a cobertura completa dos debates em VEJA.com
DEBATES PRESIDENCIAIS VEJA, SBT, CNN, Terra, NovaBrasil, Estadão/Eldorado 1º turno – 24 de setembro, às 18h15 2º turno – 22 de outubro, às 18h15
DEBATES GOVERNO DE SÃO PAULO VEJA, SBT, Terra, NovaBrasil, Estadão/Eldorado 1º turno – 17 de setembro, às 18h30 2º turno – 15 de outubro, às 18h30
DEBATES GOVERNO DO RIO DE JANEIRO VEJA, SBT, Terra, NovaBrasil 1º turno – 17 de setembro, às 18h30 2º turno – 15 de outubro, às 18h30