O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que liberou a maior parte dos cerca de 480 militares que estavam aquartelados desde o dia 10, após o sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Permanecem no local 160 militares enquanto seguem as investigações do Inquérito Policial Militar instaurado para investigar o caso.
O motivo da dispensa, segundo o Exército, foi a mudança da situação de “prontidão”, em que toda a tropa fica aquartelada, para a de “sobreaviso”, na qual cerca de dois terços dos militares são liberados para ir para casa, desde que não fiquem a mais de uma hora de distância do quartel.
Entre os que permanecem aquartelados estão oficiais, sargentos, cabos e soldados, além do comandante. Os militares estão sendo ouvidos para que sejam identificados dados relevantes para o inquérito.O Exército não informou o andamento das investigações.
O sumiço de treze metralhadoras calibre.50 e oito de calibre 7,62, foi notado durante uma inspeção no dia 10. O caso chamou a atenção por causa do calibre do armamento, que tem potencial para furar a blindagem de um carro-forte, por exemplo. A preocupação de que o arsenal fosse parar na mão de criminosos mobilizou a Secretaria de Segurança Pública para auxiliar nas buscas.
O Exército informou, no entanto, que são armas “inservíveis” que estavam sendo periciadas para se verificar se elas ainda tinham chances de serem reutilizadas ou se iriam para o descarte.
Os investigadores querem saber se houve ajuda interna para que o material deixasse o Arsenal de Guerra de São Paulo sem ser notado. Uma metralhadora calibre .50, por exemplo, tem 1,75 m de comprimento e pesa mais de 38 quilos.