A família do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, foi alvo de um estelionatário que se passou por Bendine em um e-mail enviado na quarta-feira passada (veja imagem abaixo).
Amanda Bendine, uma das filhas do ex-executivo das estatais, recebeu do endereço aldemirbendine63@bol.com.br uma mensagem em que o remetente, dizendo ser seu pai, pedia que sua mãe, Silvana Bendine, transferisse 700.000 reais a uma conta do Banco do Brasil em nome de “Alexandre Inácio”.
O falso Bendine, que disse contar com a ajuda de um agente da Polícia Federal no envio do e-mail, explicou que o valor seria destinado a “garantir o habeas corpus domiciliar” no Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu já tinha combinado o valor com eles”, acrescentou.
Amanda encaminhou a correspondência eletrônica à advogada Cláudia Vara San Juan Araújo, que defende Aldemir Bendine. Na última sexta-feira, Cláudia e Pierpaolo Bottini, que também integra a defesa, pediram ao juiz federal Sergio Moro as quebras do sigilo eletrônico do e-mail falso e do sigilo bancário da conta indicada para depósito.
“Evidentemente, pessoa mal intencionada, em posse das informações divulgadas pela mídia – tais como o nome dos familiares do Peticionário e destes defensores – está se fazendo passar por Aldemir Bendine, seja para obter vantagens indevidas em prejuízo de seus familiares – que de forma desavisada poderiam ter realizado o depósito – seja para agravar sua situação nesses autos”, escreveram os advogados a Moro.