Fugitivos de Mossoró tinham planos para ir ao exterior, diz Lewandowski
Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal prenderam Rogério Mendonça e Deibson Nascimento nesta quinta, 4; eles voltarão para o local de onde fugiram
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira, 4, que os dois fugitivos do presídio federal de segurança máxima, em Mossoró, recapturados nesta manhã, tinham planos para fugir para o exterior. Eles foram encontrados em Marabá, no interior do Pará e voltarão para o mesmo presídio de onde fugiram.
De acordo com o ministro, Rogério Mendonça, Deibson Nascimento e mais quatro envolvidos que teriam ajudado a fuga foram presos. Um dos fugitivos estava com um fuzil, mas não chegou a disparar contra os agentes. O raio de buscas da PF era de 193 quilômetros e a busca durou cinquenta dias. Além do armamento, foram apreendidos três veículos e aparelhos celulares.
Lewandowski disse na coletiva desta tarde que a duração das buscas foi “bastante razoável”. “É um prazo que segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciária. O local onde eles (Mendonça e Nascimento) se refugiaram era de caatinga. A busca foi prejudicada por intensas chuvas. Fizemos um trabalho de inteligência bem-sucedido dentro de um prazo bastante razoável.”
Segundo os agentes da investigação, antes da captura, já havia acontecido uma outra tentativa de prender os fugitivos, que não teve êxito. Lewandowski disse que as forças de segurança decidiram mudar a estratégia de buscas. “Saímos da busca física e trabalhamos a partir da inteligência e do inquérito aberto pela PF de Mossoró.” Os dois recapturados são ligados ao Comando Vermelho.
A chefia do presídio de onde Mendonça e Nascimento fugiram e para onde vão voltar foi trocada. A penitenciária, segundo Lewandowski, está “totalmente reformulada”. “A direção foi trocada, os protocolos foram reafirmados e aperfeiçoados e de lá (os fugitivos) certamente não se evadirão”, garantiu o ministro.
A fuga de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, solucionada nesta quinta, era uma das maiores crises da gestão de Lewandowski no Ministério. Na coletiva desta quinta, ele elogiou os agentes envolvidos e as forças de segurança, reiterando em diversos momentos que, apesar da demora de cinquenta dias, a operação de recaptura foi um “sucesso”.